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Mostrando postagens de 2012

Adaptar-se

Caminhando na praia percebo as construções feitas a beira do mar, a força das ondas ao longo dos anos danificam as estruturas de concreto. As ondas sempre vão existir, o que os homens tem que fazer é adaptar suas obras de acordo com a logística da praia pra não ter prejuízo. A vida da gente é como essas obras, não podemos ser inflexíveis ou então não sobreviveremos, precisamos nos moldar diante da forças das ondas pra não ficarmos pra trás. Você não gosta de cara feia? De gente mal educada? De injustiça? Eu também não. Mas tem gente que também não gosta de sentir fome, sentir frio, não ter lugar pra morar, de não ter dignidade. E mesmo assim, a gente vive. O mundo grita todos os dias, todas as horas: TU TE ADAPTAS, SENÃO EU TE DEVORO, essa é a lei.

MANIFESTO PELO DIREITO AO DELÍRIO

A lucidez dos meus dias já não está tão interessante, são compromissos em cima de compromissos, agenda lotada, não me alimento nem durmo direito, só existe hora certa de resolver problemas que nem são meus. Tô cansada dessa vida cheia que às vezes me faz sentir tão vazia, tô cansada de tanta formalidade e disciplina. Quero o direito de delirar quando quiser! Quero o delírio dos loucos, dos amantes embriagados, andar por aí sem ter hora pra voltar, ser dona de nada, ser esquecida pela agenda sem peso na consciência. Quero delirar livremente. POÉTICA Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor. Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo. Abaixo os puristas. Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção Todos os ritmos sobretudo os inum

Esse ano...

Sou uma reclamona sem motivos, um dia desses tava achando que esse ano tinha sido uma merda por ser tão cansativo, mas parando pra avaliar bem, esse foi um dos anos mais produtivos da minha vida. Sim, acho que construção e aprendizado são duas palavras que definem bem 2012. O Diretório Acadêmico de Enfermagem IdentiDAde, as eleições municipais e a UJS Recife, as eleições do DCE me proporcionaram tantas experiências ímpares, que tenho certeza que alguma coisa ficou em mim de tudo isso, coisas ricas, bonitas, aprendizados pra vida toda.  Conheci pessoas maravilhosas e outras nem tanto, momentos felizes e outros desagradáveis, momentos de loucura e de sobriedade, não tenho dúvidas, tudo serviu pro meu adiantamento moral. Aprendi sobre mobilidade urbana, tive medo de perder meu pai, fui infeliz quando desconfiaram das minhas verdades, aprendi como faz uma campanha de doação de sangue, passei em umas mil salas de aula, fui desafiada pelo novo centenas de vezes, me apaixonei algumas, a

o coração da educação

Há alguns dias em um espaço de discussão sobre a "Reforma Universitária" um amigo falou que a universidade é o coração da educação brasileira, discordei imediatamente. Enquanto militante do movimento estudantil universitário compreendo o quanto é importante a contribuição do ensino superior para o desenvolvimento e soberania do estado brasileiro, assim como o ensino técnico profissionalizante. Claro, são formados na universidade os dirigentes de hospitais, tribunais, dirigentes da educação e tantos outros profissionais, sabemos que universidades públicas e privadas precisam estar em sintonia com os desafios que estão postos atualmente e por isso que a gloriosa União Nacional dos Estudantes - UNE existe, as entidades estaduais existem, como a União dos Estudantes de Pernambuco - UEP e existem tantos diretórios e centros acadêmicos, por que a educação no ensino superior não é perfeita, faltam vagas pra todo mundo, falta qualidade no ensino, falta democracia no acesso, falt

sempre a mesma coisa

Não é como reveillon, carnaval, páscoa, são joão ou qualquer outra data comemorativa, natal é  sempre a mesma coisa. Os mesmos preparativos, os mesmos rituais, os mesmos sentimentos. Não muda em quase nada, todos reunidos na minha casa, minha chatice pré-natal, o brinde de meia-noite, minha mãe dançando com minhas tias feito uma doida, a "primaida" comendo feito bicho no meu quarto.  É sempre a mesma coisa, mas não é mesmice. Faz bem e é bom. Gosto de ver minha mãe na correria pra receber todo mundo aqui em casa, receber várias sms iguais as do ano passado, ficar no quarto comendo e falando mal das minhas tias com meus primos. Eu preciso disso, aliás, quem não precisa? Essas mesmas coisas de sempre, sempre trazem a paz que eu preciso pra receber um novo ano. Quero mais mil anos com natais iguaizinhos a esses!

Como faz pra esquecer?

Me diz como faz pra esquecer, como faz pra não querer mais, por favor, me diz como faz pra deixar pra lá? Pensei que seria mais fácil, na verdade, já esqueci e deixei pra lá outras vezes, mas não me lembro qual foi a receita/fórmula que usei, dizem que é o tempo, mas hoje não estou tão certa disso, talvez o elemento tempo esteja na receita/fórmula, mas ele apenas não basta, o desapego e tantas outras coisas precisam fazer parte dessa mistura.  Olhando bem, eu sei com faz pra esquecer, o tempo tem que passar, a gente tem que desapegar, temos que nos ocupar com outras atividades, bom, acho que essa é a tal receita/fórmula. Mas como é que esquece mesmo? Eu não sei. Quero esquecer. Quero não querer. Quero não lembrar. Quero deixar ir. Mas sempre lembro, sempre quero, sempre volto. Que merda!  Não tem jeito, tem que ter paciência, já fiz isso antes, não vai ser a primeira nem a última vez que me sinto sufocada por esse sentimento filho da puta. Pois bem, vou deixar o tempo passar

E se o mundo acabasse hoje?

Se o mundo acabasse hoje, se eu tivesse certeza que o mundo acabaria hoje eu não sei o que faria pra aproveitar a vida em tão pouco tempo. Eu não ia me drogar, muito menos sair transando loucamente por aí a torto e a direita, nem magoar pessoas só por que todo mundo iria morrer mesmo. Mas se hoje de fato fosse o último dia da existência de todos, com certeza eu desabafaria tudo que trago no peito e só mesmo o fim do mundo pra me fazer falar.  Diria a meus pais o quanto eu amo eles, mesmo não demonstrando tanto e o quanto me sinto culpada pelas vezes que os magoei sem querer, querendo. Depois eu lembraria que ia morrer sem saber o que é ser mãe, me sentiria triste, mas depois ia sair pelas ruas e procurar aquelas crianças abandonadas pra dar comida, abrigo e proteção. Mandaria sms como de costume a todos os meus amigos, os mais próximos e os mais distantes, dizendo que todos são insubstituíveis e que eu não sei o que teria sido da minha vida se não fosse pela especial presença d

Saudade de Itamaracá

Vivo com saudade da minha Ilha, vivo com saudade de viver minha Ilha como eu vivia. Sei que mesmo que eu quisesse ela não seria mais como antigamente, as pessoas não são mais as mesmas, parece que as esquinas mudaram de lugar, o cheiro de maresia no fim da tarde tá diferente e a vontade de ir à praia num dia de sol não é mais a mesma.  Tudo ainda existe, mas tudo mudou tanto. Tenho saudade de Itamaracá. Saudade. Saudade dos meus amigos, falar besteira e rir até não aguentar mais, falar mal dos outros, ficar no calçadão em frente ao Bem Amado fazendo nada, só vendo a vida passar, ficar na esquinar da praça de jaguaribe falando água, fazer macarronada de madrugada, andar pela casa das amizades pela tarde, praça do pilar a noite e ficar de mesa em mesa conversando por horas, ficar muito doida e ter a certeza que vou voltar pra casa bem.  Detalhes bestas e tão felizes, recheavam minha vida de alegria. Vivo com saudade de vocês.

Deixa ir pra chegar

Deixa ir. Deixar ir porque não serve mais, não tem mais nada pra te oferecer a não ser lembranças, boas, gostosas, tristes, engraçadas, lembranças pra ficarem guardadas. Deixa ir como a chuva que vai correndo pelas calçadas, livre, sem amarras, só sabe que já passou por ali. Deixa ir porque o tempo acabou. Não dá pra reajustar, reorganizar, ou refazer, o que fez, fez, o que não fez, deixa pra lá. Deixa ir pra chegar. Chegar coisa boa, coisa ruim, coisa triste, coisa engraçada, coisa nova.

Permitir-se

Pois não. Eu quero.  Vamos.  Tudo bem.  Vou.  Posso.  Acredito.  Essas palavras mais algumas outras são chaves que abrem portas novas, elas te permitem viver, dizer mais sim do que não. Deixe ser.  Permita-se!

Das lembranças

20 anos. Sou uma moça. Bem menina, mulher quando precisa muito. Mesmo assim guardo dentro de mim milhões de lembranças, de tempos atrás, ou de ontem mesmo e sinto prazer em resgatar elas na memória só pra ficar revivendo e revivendo. Parece coisa de gente velha. Parece coisa de Dom Casmurro.  Me identifico tanto com esse sentimento nostálgico que Machado de Assis descreve essa história, onde ele reconstrói a casa que viveu na infância em Matacavalos só pra se sentir melhor, tentar como ele fala "atar as duas pontas da vida". Me sinto bem quando releio meus diários antigos, quando olho o orkut ou fotolog, quando encontro alguém que não vejo há séculos. Tudo que já passou é um lugar seguro como diz uma música de Ana Carolina.  Todo mundo é assim? Eu gosto disso, mas ao mesmo tempo digo a mim mesma que tenho que parar com isso. Parar com isso de perder meu tempo com o passado. Parar de achar que "tempo bom" foi o que que passou. Parar e viver o agora. Não ser

"PRA TRANSFORMAR A UPE, UM NOVO DCE"

Depois de uma maratona de mais de quatro semanas, foi eleito com 2762 votos a chapa "PRA TRANSFORMAR A UPE, UM NOVO DCE", um coletivo de quase 120 pessoas que conquistaram mentes e corações do sertão ao litoral na Universidade de Pernambuco. A vitória é fruto de uma campanha propositiva! Que mostrou pro estudante que a UPE é boa, é importante, mas que infelizmente ela ainda não atende aos desafios do novo momento que o nosso estado vive hoje. E que se não for os estudantes que são as pessoas que sentem esses problemas na pele e as melhores pessoas a pensarem as soluções, a UPE tem grande chance de retroceder ao invés de avançar.  Estive em uma palestra uma vez em que uma pedagoga contou a história do beija-flor que tentava apagar sozinho um incêndio na floresta, seria impossível. O que ele tinha que fazer era convencer a outros a trabalhar junto a ele, por que sozinho ele só iria se desgastar, se desgastar e nada de incêndio apagado. Conquistamos e fizemos milhares de ol

Presidenta do DCE da UPE

Não é pelo ego, não é pelo status ,   aceitei o desafio de ser a então PRESIDENTA do Diretório Central dos Estudantes da UPE por amor ao movimento estudantil. Tô sentindo um frio na barriga tremendo e ao mesmo tempo uma alegria sem fim. Não sei os outros que acompanharam o processo, mas eu me emocionei todos os dias! Desde que a chapa que participei ano passado perdeu as eleições em 2011 que eu sonho em ser DCE, mas e agora? Será que vai dar certo? Será que eu vou conseguir articular RMR, zona da mata, agreste e sertão? São tantos os medos.  Apesar de ter sido chapa única, vibrei a cada voto contabilizado, foram 2762 votos de reconhecimento do nosso esforço e foi muito esforço. Fui feliz a cada etapa, primeiro me organizando no Diretório Acadêmico de Enfermagem IdentiDAde, depois ajudando na reconstrução do Diretório de Ciências Biológicas, acompanhando o de Educação Física, tentando reorganizar o de Odontologia, além disso, sempre fazendo as conversas individuais até que depois

"Buscai as coisas do alto!"

É quase final do ano e estou passando os dias sem saber que dia é na semana, qual o dia do mês, não lembro mais o dia do aniversário das pessoas que eu sempre fazia questão de demonstrar a lembrança com uma ligação ou uma mensagem no celular e ao mesmo tempo sei onde tô pisando, tenho passado meus dias frequentando ruas que nunca tinha frequentado, descobrindo novas avenidas, avenidas cada vez mais largas. Apesar da segurança que eu sinto quando ando por ruas já conhecidas, o desafio do novo está me atraindo muito mais. Vejo o mundo novo, novos horizontes despontando a minha frente e dentro de mim mil vozes gritam: - não olhe pra trás mocinha, continue caminhando! Mesmo com medo e insegurança, continuo caminhando com coragem, apoiada por pessoas maravilhosas, a determinação vem de dentro, de estar consciente que só sigo os caminhos que eu escolhi de acordo com meus princípios e minhas vontades e isso me acalma. Mas às vezes bate uma angústia tão grande. Quando eu lembro de cre

Vida de puta não é nada fácil

 A prostituição é uma das profissões mais antigas do mundo e merece respeito como qualquer uma! Você sabia que pecado não é crime e que moral é diferente de direito? Primeiro, o que é pecado pra você talvez não seja pra mim. E a mesma coisa eu digo sobre a moral. As pessoas julgam a prostituição como um trabalho sujo e imoral, mas calma lá meu caro, se você acha isso o problema é apenas seu, as pessoas usam seus corpos da maneira que acham melhor e as prostitutas entendem que elas não vendem seus corpos, mas prestam serviços sexuais.  No primeiro semestre quando tava estudando a SAÚDE DA MULHER, tive a oportunidade de visitar a Associação Pernambucana das Profissionais do Sexo - APPS e conversar com a Coordenadora Geral , Nancy Feijó, entrei com a mente aberta ao que poderia encontrar e saí com novos conceitos sobre essas mulheres. Ela falou coisas do tipo "a gente tá nessa vida por que quer" e contou dos grandes riscos que essas mulheres passam nas noites do Recife. Cob

Eu e o DCE da UPE

É isso, topei o desafio, sou candidata a Presidente do Diretório Central dos Estudantes da UPE, se bem que somos chapa única, já podemos nos considerar gestão se tudo se encaminhar como estamos planejando. Então posso dizer que sou quase Presidente do DCE. Isso me deixa ainda mais nervosa e insegura. Sabe aquele sentimento, será que vou dar conta? Eu sei que tenho muita disposição em fazer as coisas darem certo, em querer aprender, em querer ouvir, em querer construir mesmo.  Mas presidir uma entidade como o DCE da UPE não é coisa fácil, a universidade é dividida em todas as regiões do estado, são mais de dez unidades de ensino com estudantes totalmente diferentes, porém, com dificuldades muito parecidas! Enfim, além do desafio político, social e institucional, de conseguir articular todos os membros, de debater o que podemos fazer com responsabilidade, que estou assumindo junto a quase 120 colegas, existe o desafio de dentro, da alma, que já falei em outro texto, o de controlar a

as letras e os números

Eu gosto dos números, já gostei até de matemática e física no ensino médio, contas de padaria então eu sempre achava o máximo. As letras sempre foram minha paixão, escrevo de tudo e de todo mundo, tenho um monte de diários e adorava escrever historinha quando era criança. As letras e os números dão uma boa dupla, mas se for pra escolher eu prefiro as letras é claro, com elas você faz o que quer, pode perceber em provas de questões abertas, do tipo "dê sua opinião" desde o fundamental eu enrolava as professoras,eu dava uma volta no mundo pra dar uma resposta nada a ver e ganhar alguma nota, as letras você inventa e reinventa e acaba em música, poema, poesia. Sim, eu gosto é das letras! Já os números, nem tanto, eles são cruéis, eles não "dão chance", ou é, ou não é, exatos. Tô com uma mania feia de usar as letras com a crueldade dos números. Por exemplo, "você quer exatamente o que?", ou, "onde você está exatamente", essas perguntas matemáticas c

Dos desafios

A gente nasce, cresce e começa a vida de verdade quando cai no mundo. Então a vida vai te testando, escolhas tem que ser feitas senão você é tratorado. Das escolhas que você protagoniza, surgem os desafios. Me sinto desafiada cotidianamente. Desafios que vão desde me concentrar nas aulas enquanto minha atenção tá do lado de fora da sala até desafios que me causam medo, insegurança e me deixam verdadeiramente aflita. Nos últimos dias estou sendo desafiada a testar todos os meus limites, avalio como desafios consequentemente positivos. São várias as minhas limitações, mas a que mais me preocupa são as que vem de dentro, as da alma.  Sou uma pessoa movida por emoções, ninguém oscila tanto quanto eu em sentimentos em um único dia. Sem dúvida alguma o meu maior desafio está sendo e sempre será, controlar minhas emoções. Missão quase impossível. Me emociono com vitórias quase irrisórias e me emociono com a menor das minhas fragilidades. Falando em fragilidade, além de desafiada, nunca m

Universidade de Pernambuco

Universidade de Pernambuco, vulgo UPE! Quando eu passei no vestibular não sabia o que estava por vir, imaginava chegar na faculdade, assistir aulas chatas, aulas legais, voltar pra casa, fazer monitoria, ir pra vários congressos, qualificar minha formação, tudo do jeito mais individualista possível. Mas em pouco tempo tudo mudou, conheci o movimento estudantil e eu posso dizer com muita alegria uma verdade muito verdadeira, o movimento estudantil me fez conhecer como poucos a UPE, suas fragilidades, seus problemas, seu potencial e isso me fez amá-la com todas as minhas forças. Sim, eu amo muito a UPE. Acho que poucos estudantes se sentem tão UPE como eu me sinto, a maioria das pessoas apenas passam pela universidade, o que é uma pena!  Eu não, eu vivo, eu discuto, eu penso a UPE, aliás, eu sozinha não, eu e um monte de outros apaixonados pelo movimento estudantil que também tão nessa comigo. Poxa, nós somos tão grandes, estamos em todas as regiões do estado, temos campus em Petrol

Dos desandes

Diferente de "deboche" você jamais vai encontrar em algum dicionário o significado que aqui emprego a palavra "desandes", esse termo eu devo a meus amigos maloqueiros. Desandar quer dizer no nosso vocabulário, ser doideira, tirar onda, essas coisas. E ser jovem tem seu lado bom, muito bom, na juventude o que não falta é desande! Eu, Melka, sempre fui muito doida, minhas amigas que o digam e história pra contar é o que não falta, mas é claro, lógico e evidente que eu não vou contar nada aqui, tenho uma imagem a zelar (Ô). A verdade é que eu sozinha não seria nem um terço do que sou, minhas amizades sempre contribuíram bastante, como dizia minha mãe, só me junto com quem não presta! É amigas e amigos que aqui se encontram, essa é a verdade. Lembro quando eu nunca tinha bebido na vida e ainda assim a vida já era louca. Meu 1º ano do ensino médio na AMEC foi imoral, não sei o que aconteceu comigo, mais imoral que eu eram meus amigos. As meninas faziam cada coisa ab

Dos meus deboches

Debochada. Eu sou debochada! Nesse roteiro de textos que ando falando "de mim", acho que os próximos dois será das minhas qualidades e dos meus defeitos, pensei em incluir os meus deboches nos defeitos, mas eu sou tão debochada que não acho que é defeito. Deboche no dicionário online aqui, quer dizer desregramento dos costumes, má conduta, devassidão, libertinagem. Reafirmo, sou debochada demais.  Não venha falar comigo coisas muito sérias, eu não sirvo pra isso, gosto é da piada sem graça nenhuma, não venha também tentar se redimir comigo depois que eu já fui magoada, eu vou soltar uma graça e te irritar, eu mato na unha. Irritar com piadinhas, sou boa nisso. Lembro quando uma vez eu briguei, troquei tapa e puxão de cabelo com uma menina no ônibus da escola e na rua, eu tinha uns quatorze anos e a menina falou assim pra minha mãe, "sua filha é muito debochada" e minha mãe respondeu, "eu sei a filha que eu tenho". Sabe bem mesmo, e em relação ao deboc

Dos meus pais

É com muito cuidado na ponta dos dedos que publico o que sinto pelos meus pais. Na verdade, dizer o que eu sinto é impossível. Sinto muito por eles. Os sentimentos mais nobres. Quando eu era criança meu pai era meu herói perfeito, o mais inteligente, esperto, engraçado, criativo, sim, o melhor pai do mundo, a gente sempre foi aquele grude. Já com minha mãe era diferente, eu achava minha mãe histérica, chata, enfim, era o oposto do meu pai, a gente vivia arengando.  Assim como milhões e milhões de brasileiros que têm pais (pai e mãe), ou apenas mães, ou apenas pais, que dão a vida pelos seus filhos, a vida dos meus pais de origem tão humilde sempre foi de sacrifícios pra que eu e meu irmão tivéssemos a melhor criação do mundo e tivemos. Passado alguns anos, eu amadureci, na verdade eu nunca fui uma menina besta e ingênua, sempre percebi as coisas que aconteciam ao meu redor mesmo debaixo de tanta proteção e esses anos me fizeram perceber que meu pai tinha defeitos e que minha mãe s
Amanhã vamos ter CRT pra definir comissão eleitoral e algumas outras coisas pras eleições do DA e estou muito preocupada com os rumos que as coisas estão tomando. A cada reunião esvaziada, a cada assembleia que ninguém comparece, a cada crítica sem fundamentos que escuto, fico me perguntando se cumpri meu papel nessa gestão. Me pergunto se não estou perdendo meu tempo me dedicando com tanto amor ao movimento estudantil. Ser diretório acadêmico não é fácil, você tem que saber lidar com seus colegas do DA, pessoas que muitas vezes pensam diferente de você, mesmo que com objetivos comum, tem que saber lidar com os estudantes. É desgastante! Mas quando você tá determinado a fazer o que acha melhor, quase nada te faz desanimar. Dentre as coisas que faz desanimar, me entristece a forma equivocada com que as pessoas percebem as representações estudantis, me sinto às vezes empregada dos estudantes. É um tal de Melka, tenta conseguir isso, Melka, vê aquilo pra gente, Melka, coloca o microondas

Dos desapegos

Quando a gente se apega a alguma coisa a gente procura ter pra si de alguma forma, na verdade, de todas as formas. Mas se por um instante aquilo não tem mais espaço na tua vida, o desapego tem que nascer e morrer na gente a vontade de procurar aquilo. Já falei quase isso em um outro texto mês passado,  Inconstância , onde falo do quanto nossas necessidades mudam e aí a gente sai abrindo mão das coisas naturalmente. Queria dar um sentido diferente a prática do desapego aqui.  É como se eu quisesse dizer que no desapego, talvez o interesse não tenha sido totalmente perdido, mas a vontade, a necessidade de desapegar é maior. Sendo assim, ganhando este significado que eu aderi para meu texto, eu posso dizer que vivo em conflitos na tentativa "dos desapegos". Sim, desde sempre, e pra não forçar minha mente a lembranças muito remotas, trago algumas um pouco recentes.  Eu tinha um apego muito grande a ideia de ser engenheira química, por dois anos vivi o sonho de um dia se

Das idiotices

Eu queria colocar, "Das tabaquices" mas eu acho tão feio, então vai "Das idiotices", se bem que ninguém me chama muito de idiota é tabacuda mesmo e pra quem não é de Pernambuco e não conhece o termo, "tabacuda" não vem de tabaco, eu acho, mas a gente usa no sentido de chamar de imbecil. Falar de mim e não falar das minhas idiotices, tabaquices e imbecilidades não é falar de mim. Eu sou uma pessoa que na maioria do tempo estou rindo, feliz, de bem com a vida apesar de toda minha chatice e estresse, isso é fato, quem me conhece sabe e o agente etiológico (o agente causador) de tanta alegria assim sem sombra de dúvidas é ser idiota, todo idiota é feliz! Achar graça em coisa alguma, fazer graça de coisa nenhuma é um dom minha gente. Falar besteira 24h por dia é coisa de gente forte, que acredita que o sorriso é e sempre vai ser o melhor remédio pra todos os males. Ser idiota sozinha também não tem a menor graça, experiência própria, você se sente idiota ao qu

Dos amores

Queria falar do que eu considero como verdades, mas tenho medo de generalizar e não pegar bem, falo de mim então. De mim, sei quase tudo, ou penso que sei, vamos aos amores da minha vida. Olho, gosto, conquisto muitas vezes, sou boa nisso, ou penso que sou, me apaixono, geralmente vivo apaixonada, vivo de apaixonites que inspiram meus dias, não me lembro quando comecei com esse vício, porque de fato, apaixonar-se é viciante. Mas são pouquíssimos os que já conseguiram tocar meu coração com amor de verdade. O resto é vontade, querer-bem, carência, são coisas boas também, mas que dão e depois, daqui a pouco passam e o que passa muito fácil pode ser esquecido muito fácil também. Eu só sei diagnosticar como "apaixonite" e um "amor" de fato, depois de algum tempo. Minhas apaixonites duram cerca de dois a três meses, pode ser mais, eu gosto e preciso delas, são os caras que eu converso, me dou bem, rola carinho, amizade, tesão, mas apenas isso "amizades-apaixonad

07 de outubro de 2012.

Renildo e Geraldo PREFEITOS! Antonieta Trindade  e  Matheus Lins  não entraram na câmara! Não fiquei tão triste, ah, como eu queria esses dois vereadores de Olinda e Recife respectivamente, mas tudo bem, nós sabíamos que não seria fácil e com muita ousadia e determinação batalhamos voto por voto ao máximo! E aí? Valeu à pena? Gente, TUDO vale à pena quando a ALMA não é pequena! Saímos vitoriosos, mais fortes, nós sabemos o que queremos construir pra sociedade! Tarda, tarda, tarda, mas não falha, aqui está presente a JUVENTUDE DO ARAGUAIA, U J S!!!!!!!!!!!!!!!!!!  

Dos medos

Não tenho medo de muita coisa na vida, pelo menos eu acho, agora só me lembro de duas coisas. Nunca tive medo de andar naqueles brinquedos enormes do parque de diversões e que dão frio na barriga, da primeira menstruação... se bem que agora recordo de outros medos, tinha medo das histórias de maria florzinha, tenho medo de atravessar avenidas grandes, medo de um dia não ser mãe. Talvez eu não seja tão corajosa quanto eu pensava que fosse quando comecei a escrever. Dos medos que me assombram a vida que me referi inicialmente, são medos que me deixam doente. São eles: perder meus pais e o dia depois da formatura. Eles são incomparáveis. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, são medos totalmente diferentes, mas que mexem com meu corpo, alma e mente. Faltam dois anos para chegar o dia da formatura e eu já me sinto tão insegura, a cada período concluído, a cada reunião da comissão de formatura eu penso, "meu Deus, tá chegando". Como vai ser um dia depois da formatu

De mim

Gosto muito de mim. Às vezes nem tanto. Mas adoro meu blog, me sinto tão livre aqui pra falar o penso e quero falar o que penso sobre mim nas próximas publicações. Esse vai ser o primeiro texto "De mim", depois quero falar, dos medos, dos sonhos, das cachaças, de tudo que recordar. Tô lendo Dom Casmurro mais uma vez e li uma frase que dizia "tinha o dom de se fazer aceito e necessário" achei tão perfeito. Talvez eu seja um pouco ou bastante pretensiosa, mas eu me considero com o tal dom, sei quando quero, me fazer aceita e necessária. Quando não quero posso ser irritante como um mosquito no seu ouvido quando você quer dormir. O extremismo pode ser uma característica minha, quando eu te adoro, eu grudo, quando eu não ligo, é tão indiferente que eu esqueço que existe, simples assim! Tenho um bom coração, sem juízo, mas  um coração bonito. No mais, dividirei nos próximos textos. Manifesto do EU SOZINHO Me desculpa se você me acha muito divertida e em muitos

Inconstância

Ontem eu tava arrumando algumas gavetas e me desfazendo de alguns papéis, não eram papéis velhos, tinham papéis da semana passada inclusive e eles não me valiam mais de nada. Nada! Mas como nada? Semana passada eu precisava deles, eu tinha cuidado, não podia perdê-los, eles não podiam molhar, mas agora eles são totalmente inúteis. Os papéis não mudaram, continuam do mesmo jeito que antes, o que mudou foi a minha necessidade. Em quase tudo na vida sempre é assim, quem muda somos nós. E aí a gente começa a se desfazer do que não é mais interessante. São assim com as promessas também. Já fiz tanta promessa que perdeu o sentido em pouco tempo e que eu nunca cumpri. Das promessas e juras que eu nunca cumpri, ficaram apenas a vontade de serem eternas e cumpridas um dia, mas são sei se o desejo de serem realizadas. As coisas mudam, as pessoas, as prioridades e as vontades. Lua Adversa Tenho fases, como a lua Fases de andar escondida, fases de vir para a rua... Perdição da minha vida! Per

Eu quero morrer na primavera!

É setembro, mês do início da primavera, estação do ano que mais me encanta, gosto tanto que quando perguntam minha idade eu respondo, "20 primaveras". Mentira, eu nunca falei isso, mas já pensei, lembro que li em algum lugar e achei bonito. A estação das flores tem uma energia que... (faz uns cinco minutos agora que tento encontrar palavras pra descrever e não acho). A estação das flores tem uma energia indescritível! Talvez a beleza das coisas da vida, assim como a beleza das flores, esteja nos olhos de quem as vê e aos meus olhos elas são exageradamente, delicadamente, particularmente, belíssimas. Suas cores e formas tão bem pintadas e desenhadas são as únicas defesas dessas meninas tão frágeis. Não tenho nenhuma preferência, gosto de simplesmente admirá-las e dizer: olha a primavera. Faz dois anos que estive em um velório de um amigo da minha amiga no cemitério de Santo Amaro em Recife e mesmo diante de tanta tristeza consegui reparar no espetáculo que as flores faz