Muito se engana quem diz que "a felicidade só depende da gente", já cantava o poeta que é impossível ser feliz sozinho e é. Mas apesar de não conseguirmos ser felizes sozinhos, acredito que felicidade é um estado de espírito que vem de dentro e que não nos pertence. Não nos pertence porque ela está entregue nas mãos de outras pessoas, das pessoas queridas, do bem amado, dos nossos pais e filhos, na satisfação pessoal e profissional, na alegria de viver, enfim... E que por vezes pode dar errado, é um risco que se corre, quando dá errado a gente sente a verdadeira infelicidade, mas como saber sem arriscar-se? Felicidade é isso, é entrega! É apostar nela todos os dias, apostar no que te faz feliz, apostar e pagar pra ver e viver sem medo. Felicidade é só uma questão de ser louco o suficiente pra arriscar ser feliz no meio de apostas diárias.
Vivo hoje o 7° dia da partida do meu pai dessa vida, perdi a pessoa que mais amava nesse mundo (até minha filha chegar). Foi como se tivessem arrancado um pedaço do meu corpo, dói tanto, morrer dói nos outros. Não importa as circunstâncias, o tempo, a forma, ninguém quer perder quem ama. E ainda que ele vivesse dizendo "eu já posso morrer" se referindo a nossa condição material: ele aposentado, deixaria a pensão pra minha mãe, eu enfermeira concursada, meu irmão engenheiro, uma neta que ele sempre me pediu, ele não podia morrer. Eu não queria perdê-lo por nada nesse mundo. Na segunda passada, 16 de agosto de 2021 perto das 19h recebo a ligação da minha mãe aos prantos, "beta, acho que teu pai tá morrendo" e eu morri um pouquinho ali também, nunca uma viagem pra Itamaracá foi tão longa, fiz promessas pra Deus e pra Nossa Senhora da Conceição. Mas não tinha mais promessa que desse jeito, meu pai tinha morrido. Partiu de forma relativamente breve, com alguma angústia
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