Não escondo e nunca escondi minha profunda admiração por Luciano Siqueira, escritor, médico e comunista, atualmente vice-prefeito do Recife e secretário de formação do PCdoB aqui no estado. Ele faz política com amor, ternura e de coração, ele é o político mais sensível que já conheci, já cheguei a declarar, que depois dos meus pais ele é pra mim é a grande inspiração de lutar todos os dias e é. Isso aqui não é um texto pra eu relatar a história de vida dele ou tampouco sua trajetória política que inclusive não saberia relatar, mas eu queria registrar meu carinho. Luciano é um homem iluminado, a gente percebe pelas suas crônicas, pela esperança contida em cada linha escrita de construir um mundo melhor a cada dia. Existem outros e outros homens que escrevem bonito também, aí é quando você tem oportunidade de estar perto dele e ver a luz que falo, nos olhos, no gesto, no sorriso. Luciano não é um tipo de pessoa mecânica que se você tem que tratar com ele sobre um relatório que não ficou pronto (isto é um exemplo claro, nunca entreguei relatório a ele), você trata apenas isso e vai embora. Sempre cabe uma conversa, sempre cabe um relato de uma boa história, sempre cabe uns minutos de sensação agradável ao lado dele. E é incrível como de fato, a gente sempre se surpreende! Luciano, você é nosso comandante!
Vivo hoje o 7° dia da partida do meu pai dessa vida, perdi a pessoa que mais amava nesse mundo (até minha filha chegar). Foi como se tivessem arrancado um pedaço do meu corpo, dói tanto, morrer dói nos outros. Não importa as circunstâncias, o tempo, a forma, ninguém quer perder quem ama. E ainda que ele vivesse dizendo "eu já posso morrer" se referindo a nossa condição material: ele aposentado, deixaria a pensão pra minha mãe, eu enfermeira concursada, meu irmão engenheiro, uma neta que ele sempre me pediu, ele não podia morrer. Eu não queria perdê-lo por nada nesse mundo. Na segunda passada, 16 de agosto de 2021 perto das 19h recebo a ligação da minha mãe aos prantos, "beta, acho que teu pai tá morrendo" e eu morri um pouquinho ali também, nunca uma viagem pra Itamaracá foi tão longa, fiz promessas pra Deus e pra Nossa Senhora da Conceição. Mas não tinha mais promessa que desse jeito, meu pai tinha morrido. Partiu de forma relativamente breve, com alguma angústia
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