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Mostrando postagens de 2015

balanço 2015

Escrevo porque preciso, preciso de balanços, preciso de registros, preciso me botar pra fora, preciso me ler, preciso renovar pra começar um ano novo, isso que Drummond descreveu bem sobre a magia do espírito de renovação em um novo ano é real e sou grata por ela existir, de fato doze meses dão pra qualquer ser humano se cansar, então vamos encerrar um ano e partir pra outro. Me desculpem os insatisfeitos com 2015, mas pra mim foi um dos melhores anos da minha vida até esta primavera. Recordo que neste mesmo dia ano passado eu estava aflita com o que 2015 poderia ser, eu tinha acabado de me formar e na metade do ano encerraria a missão na militância estudantil, tava meio perdida, meio ansiosa, mas deus, o destino, as forças da natureza, o universo, ou sei lá o que, foram generosos comigo. Ontem lendo todos os textos do blog me permiti chorar, me permiti mergulhar um pouco em mim e tentar me entender. Tenho visto muitas pessoas falando sobre "ser sozinha", "estar

massagem, música e mão no peito

Ouvi dizer que a "lua está em câncer" essa noite e ontem meu mapa astral revelou que este é meu signo ascendente, não sei o que isso quer dizer apesar de ter muita simpatia por astrologia, mas fazia tempo que não escrevia nada e talvez a "lua em câncer" tenha me inspirado, ou talvez seja apenas uma desculpa minha pra não admitir que o que me inspira a escrever essas linhas não tenha nada a ver com signo, ascendente, lua e essas porras todas. Tem a ver com algumas horinhas de descuido: barulho de chuva, arenga, beijo no olho, calor de pele, música, sombrinha dividida, ciúmes, carinho na coxa, cochilo, abraço, mão no peito, cozinha, massagem, confusão e calmaria. Essas coisas bobas me deixam emocionada, enquanto o mundo nos engole com problemas gigantes vou me blindando como posso com massagem, música e mão no peito.  A vida é boa, a gente só precisa encontrar de vez em quando quem saiba disso também, quem tope se descuidar também, quem queira se blindar tamb

parafraseando o bicho de bandeira

Vi ontem um bicho na imundície do pátio, catando comida entre os detritos, quando encontrava alguma coisa não cheirava e nem examinava, engolia com voracidade. O bicho não era um cão, não era um gato, não era um rato, o bicho meu deus era um colega do tempo de escola e somente porque que já o conheci que parei pra refletir como é que ele tinha chegado lá.

mujica e as coisas óbvias

Eu que sou brasileira e pernambucana, poderia dedicar minha atenção pra falar do melhor presidente que esse país já teve, o Lula, mas esse deixo pra uma próxima inspiração, já faz tempo que não só me inspiro mas suspiro por um outro líder latino americano, o José Mujica, conhecido como Pepe Mujica, agricultor de ofício e ex-presidente do Uruguai. Mujica virou referência no mundo inteiro pela sua simplicidade e forma de lidar com as questões concretas da sociedade , em seu mandato no Uruguai foi aprovado a descriminalização do aborto, o matrimônio igualitário e a legalização da maconha.  Como ele diz "é preciso ver as coisas como são" e assim ele o faz, no Brasil nós tratamos as realidades com invisibilidade, poeticamente posso trocar a "invisibilidade" pela palavra "insensibilidade". Repara nos argumentos de Mujica, ele simplesmente sabe que as mulheres abortam, que pessoas do mesmo sexo tem relacionamentos, que as pessoas fumam maconha, sabe das impl

quando a saudade aperta

É que às vezes bate uma saudade danada de casa, às vezes eu quase morro de vontade de correr pro lugar que me chamam de "roberta", "beta" ou "betinha", às vezes é tão difícil estar longe, o coração fica apertado e bem pequenininho. É que onde me chamam de "roberta" é um aperreio só, "beta, vem cá, beta, num sei o que" a toda hora e a todo instante pra falar qualquer besteira e isso só tem lá. É que eu gosto mesmo é daquela cama, daquele canto, de ficar fazendo nada bem ali, de sentir aquelas sensações de tranquilidade, paz, segurança. Por aqui eu tenho que ser adulta, lá eu sou "betinha", adulta eu me defendo, "betinha", eles me protegem. Aqui é agenda cheia e intensa, de repente, um vazio, lá é maresia e não falta nada. Lá tem um tal de painho, mainha e ville e tem até um toff que me fazem ter certeza que eu sou mesmo de lá. Tô com saudade.

MANIFESTO POR UM PUNHADO DE SONHOS

“Amar mulheres, várias. Amar cidades, só uma - Recife. E assim mesmo com as suas pontes, e os seus rios que cantam, e seus jardins leves como sonâmbulos e suas esquinas que desdobram os sonhos de Nassau.”   Somos jovens que lutam por um mundo melhor todos os dias. Jovens há mais ou menos tempo. A nossa juventude é daquelas empolgada e renovada anualmente pelo batuque de cada carnaval que fervemos nas nossas terras recifenses. Temos a esperança e o sorriso estampado no rosto de cada recifense que batalha debaixo desse sol em busca de dias melhores. Somos daqueles e daquelas que enfrenta todas as suas dificuldades de peito aberto, e que faz desta terra uma das mais receptivas do país. Somos os e as que querem ver nascer um Recife novo e transformado. É no Recife que vive a juventude que está entre as que mais morrem devido à violência no Brasil. Este é apenas o reflexo mais agudo da falta de políticas públicas de inclusão juvenil em todas as esferas: trabalho, saúde, e

sobre a FOME que ninguém vê

Eu nunca senti fome. Não é a fome que a gente tem vontade de comer quando o relógio marca meio-dia, não é a fome de passar um dia inteiro sem comer por qualquer motivo. Eu nunca senti a fome que tirasse minha dignidade. É essa fome que quero denunciar. A fome que humilha, castiga e maltrata. Fui provocada a pensar sobre em uma dessas conversas da pré-candidatura, perguntei que problemas seriam prioridade no Recife e o amigo respondeu sem pestanejar: a fome!   A maioria das pessoas fala trânsito, educação, segurança e então pela primeira vez alguém citou um problema mais humano que todos esses juntos, alimento é o combustível que nos dá a vida, quem não tem o que comer vive como? Vive morrendo? Vive pela metade? Finge que vive? Não sei, a gente nem vê. Que bom que pude ver pelo menos um pouco pelos olhos do amigo da conversa.   Me veio tanta coisa na cabeça, mas a princípio doeu, a fome deve doer mesmo, lembrei de um artigo que um camarada escreveu e queria compartilhar aqui co

equilíbrio

Eu gosto de liberdade, eu amo o que a liberdade de ser o que no meu entendimento é ser livre proporciona, eu sou minha liberdade. Minha liberdade é meio eufórica e tem cara de menina sapeca, minha liberdade é respondona e arengueira, minha liberdade é sorridente e invocada, não sei, ela é tão livre que ela faz o que ela quer na hora que ela bem entender e mal entender também.   A vida corrida e cheia de surpresa que me leva (não, não sou eu quem levo ela) exige que eu seja assim mesmo e gosto, mas preciso confessar que a correria, que relativamente ao período passado (movimento estudantil), está mais amena vem me pedindo pra lembrar o que um homem que conheci quando fui transferir meu título de eleitora me falou.   Ele que percebeu a coincidência entre os dias em que nascemos, 03 de abril, não hesitou em me dizer sem ao menos me conhecer que os arianos são verdadeiras bombas atômicas, que devemos ter cuidado pra não desprender muita energia no que não seja proveitoso e que dev

ao amor que não vivo

É que apesar de acreditar que nossas lembranças são apenas refúgios da minha alma, você provoca sensações em mim que são reais e permanentes. É que apesar de não viver esse amor, ele vive em mim. É que a qualquer sinal teu todo sentimento é renovado de dentro pra fora, me permito reviver momentos através da minha memória afetiva, então nossas músicas voltam a fazer algum sentido e o meu sorriso por instantes tem a cara da nossa felicidade clandestina. É que mesmo eu me sentindo uma idiota por ainda sentir tudo isso, eu preciso escrever pra botar pra fora, amor de muito não se acaba fácil assim.              

maldito escorpiano

Maldito escorpiano que domina minha mente ariana, maldito escorpiano sedutor. Maldito escorpiano que me faz largar o celular sem ver a hora passar, que me cativa como uma criança e me faz ficar encantada com sede de querer mais.  Maldito escorpiano que tem o abraço que me encaixa, que me envolve, que me aperta, que me sufoca, que me sacia. Maldito escorpiano que brinca de me beijar, que se lambuza no meu corpo e me faz não querer mais parar. Maldito escorpiano que é bendito por si mesmo, porque é intenso, porque é de verdade, porque é agora e depois eu já não sei mais.  Maldito escorpiano, entenda, dos meus machucados cuido eu e de você eu só quero você, pra me dominar, pra me cativar, pra me sufocar, pra me saciar, pra me abraçar, pra me beijar, pra me maltratar!

Recife, um caso de ódio e muito amor

Longe de Recife um dia desses constatei: Recife é uma cidade que a gente odeia, mas não vivem sem porque sente amor. A gente odeia o trânsito do Recife, a falta de mobilidade na nossa cidade porque todo mundo precisa vir pra Recife, o centro onde tudo acontece, mas a gente ama porque até no meio da confusão dos ônibus lotados a gente tem um povo arretado que ainda consegue sorrir.  A gente odeia Recife porque Recife fede, mas a gente ama passar pelas pontes do Recife e admirar a paisagem da nossa Veneza brasileira. A gente odeia as desigualdades que não é difícil perceber, seja nos contrastes urbanos entre prédios luxuosos e barracos, seja com as pessoas em situação de rua que a gente esbarra toda hora, mas a gente ama o vuco-vuco, as lojas e a agitação que só Recife proporciona.  A gente odeia a violência, os assaltos e o medo de andar nas ruas à noite, mas adora as noites do Recife e consegue se sentir livre em pleno Recife Antigo. A gente odeia dia de jogo porque sente medo

pré-candidata vereadora recife

Topei, tá topado e agora não tem mais jeito, o que era só uma hipótese na minha cabeça agora é um dever, uma tarefa, é que sou toda movida a sonhos e em tudo que me atrai me envolvo com intensidade e paixão. É como se tudo fosse novo e ao mesmo tempo eu soubesse mais ou menos o que tem que fazer, topei ser pré-candidata a vereadora na cidade do Recife, cidade grande com bairros grandes e tão distintos entre si, não é como Itamaracá onde conheço quase tudo e conheço demais os rostos ainda que não saiba o nome, em Recife o "buraco é mais embaixo", tem muita gente, acho que ainda não tenho muita noção do que essa tarefa representa, mas quer saber? não tô nem aí, eu só topei ser eu, só topei fazer o que gosto, só topei me esforçar pra convencer as pessoas que a gente pode mudar as coisas.  Tô me sentindo quando topei ser presidente do Diretório Central dos Estudantes da UPE, topei ser a candidata e aí eu tinha grande responsabilidade com aquele compromisso, precisava ter pes

esperança à vista!

Acho que não existe invenção mais sensacional que a troca de ideias entre as pessoas, isso de num processo mútuo poder despertar interesses, vontades, sensações e crenças a partir de uma simples troca de palavras. Uma dia desses defini que política é a gente falar sobre o que incomoda e de forma coletiva pensar soluções na ordem das necessidades humanas, ou como diria mujica, a política deve ser feita pra cuidar das pessoas. Aqui no Brasil não é bem assim, existe um distanciamento incalculável entre os políticos (representantes do povo) e o povo (seus representados), além disso quando se fala em política, lamentavelmente, se associa logo a um homem de terno e gravata e a ideia de alguém com grandes poderes econômicos. Política de verdade não é isso, não pode ser isso, política é o instrumento que temos de mudar as coisas pra que a gente torne a vida das pessoas menos difícil, pra que possamos oportunizar acessos a bens sociais básicos como saúde, educação, lazer e tantos outro

amor livre e monogamia

É que eu não acredito em amor livre e muito menos em amor monogâmico, eu acredito no amor entre as pessoas e acredito em doses necessárias de hipocrisia para se viver bem no meio de uma sociedade hipócrita. Não entendeu? Eu vou tentar explicar. Eu creio que a gente culturalmente aprendeu a ter alguém na lógica de possuir essa pessoa (tipo propriedade privada), a gente simplesmente sente necessidade de ter. Mas somos seres humanos capazes de sentir muita coisa, raiva, amor, afeto, carinho, desejo, desprezo, de acordo com o que o outro desperta em nós e alguém nos despertar algo não elimina que outra pessoa possa nos causar o mesmo sentimento em maior ou menor intensidade. Pois bem, precisamos ter uma pessoa e podemos sentir muitas coisas por mais de uma pessoa, inclusive pelas pessoas que a gente "não tem". E aí que está a dose de hipocrisia necessária pra se viver bem, a gente nega o que sente porque inventaram que sentir muito e sentir por mais de uma pessoa va

MULHERES CHATAS, LIVRES E FELIZES

Outro dia uma colega de trabalho tava contando que mulheres viúvas são mais felizes, segundas elas, elas saem mais porque não tem mais tantas obrigações domésticas como cuidar do marido e elas mesmas recebem o dinheiro que antes ficava na mão deles.   Vi no facebook uma senhora de 80 anos que se divorciou nos anos 60 e agora está na universidade, defende a independência pra que as mulheres estudem, trabalhem, saiam com amigas. Tenho amigas que dizem que não querem de jeito nenhum ter filho porque não querem e pronto, e ainda tem aquelas que não querem saber de casamento. É que nós somos uma nova geração de mulheres!   Somos a geração de mulheres que não topa ser a empregada doméstica da casa que cumpre exigências dos maridos, somos inclusive a geração de mulheres que não tem "marido", mas que procuramos companheiros pra dividir as confusões e prazeres da vida.   Somos a geração de mulheres que não somos obrigadas a manter relacionamentos por conveniência e que li

uma carta pra antônio

Ao ler a feliz notícia essa semana da gravidez de Mallu e Camelo lembrei de você, afinal a primeira vez que estive na tua casa eram eles que embalavam a trilha sonora e foram eles que nos acompanharam nas primeiras músicas trocadas e no show da banda do mar. Tava rolando o 1º Encontro de Metais no Centro de Artes da UFPE, ouvindo uma das bandas sabia que aquele som de instrumentais me remetia a alguma lembrança, era você naquela tarde de domingo na Rua da Aurora, eu que não sou muito fã desses programas mas também não resisto a conhecer coisas novas fui pra te acompanhar, sim, no final foi pra isso, só pra te acompanhar e mostrar que queria estar perto de você. E ontem vi uma camisa numa loja que achei a tua cara, as lembranças sempre vão existir, fato. É que as pessoas não são descartáveis por mais que às vezes a gente queira, elas moram na gente depois que vão embora, é inevitável. Sabe aquela frase "deixam um pouco de si, levam um pouco de nós"? É isso. Não podemos de

um hobby: gente!

Hobby  é uma palavra  inglesa  frequentemente usada na língua portuguesa e significa  passatempo , ou seja, uma  atividade  que é  praticada por prazer  nos tempos livres .  E meu hobby é gente, sim, claro, tem coisa melhor na vida que conversar com gente e ouvir novas histórias? Não! É mais ou menos assim... me fala da tua vida, o que tu pensa da vida, o que tu espera da vida, o que te faz feliz, o que te faz mal, o que tu gosta de fazer, os amores que tu já teve, as mancadas que já deu, o que já aprendeu com eles, as aventuras bem vividas...  Cada um de nós somos um mundo, não se contamine com a história de "não fale com estranhos". Tua sandice, loucura, seriedade, determinação, amor, medo, ternura, calma, timidez, rispidez, inteligência, tristeza, felicidade, estupidez, paz, insensatez, sensatez, coragem, criatividade, sensibilidade, beleza me fascinam e me inspiram a viver melhor, obrigada, gente!

dorme, menininho...

  Eu passei o dia todo correndo e não entendi nada do menininho afogado, na verdade vi os comentários sobre ele e não tinha visto a imagem, só foi reparar um pouco mais no meu feed de notícias do facebook pra entender mais ou menos do que se tratava: o menininho morreu afogado depois de um naufrágio de retirantes sírios imigrando para o Canadá. Que tristeza! As crianças ocupam um lugar especial dentro do meu coração, elas são a chama que mantem a esperança de um mundo melhor acesa, elas deviam ser proibidas de morrer. Mocinho, durma em paz, esse mundo não foi feito pra anjinhos como você, esse mundo em que o poder, as guerras e as fronteiras são mais importantes que as pessoas não te merece, bons sonhos! Te dedico essa canção pra você ninar em paz...        Há um menino Há um moleque Morando sempre no meu coração Toda vez que o adulto balança Ele vem pra me dar a mão Há um passado no meu presente Um sol bem quente lá no meu quintal Toda vez que a bruxa me assombra O menino

papanicolau

Essa publicação é pra você, mulher, moça, menina, minhas amigas, (pras falsianes tmb), já fez seu preventivo no último ano? Um dia desses a enfermeira da UBS do Casarão me mostrou a foto de uma jovem de 30 anos que foi a óbito por conta de um câncer no colo do útero, um mulher muito bonita e nova, fiquei chocada. A morte é um fenômeno que faz a gente "se tocar, se mancar, pensar melhor" e eu como profissional de saúde acredito que as redes (já que os grandes veículos de comunicação não fazem isso) devem cumprir esse papel de boas informações e sou convencia que a ausência ou a promoção da saúde é uma questão de democratização das informações/comunicação. Pois bem, câncer no colo do útero MATA, é a terceira causa de morte em relação as neoplasias (câncer) no nosso país. Quer previnir? Use camisinha, o HPV é um dos vírus responsáveis pelo desencadeamento do câncer, faça o exame "papanicolau" pelo menos uma vez no ano (incomoda quase nada e é rapidinho, além d

mulheres submissas não me representam!

Eu sou dessas que chora quando uma amiga engravida, chora em casamento, chora em formatura, eu choro em tudo, chorei até em um casamento evangélico de uma amiga, porque ela era minha amiga e ela estava feliz, fiquei feliz por tabela.   As lágrimas caíram entre a emoção do ato e a indignação de ter escutado do pastor alguma coisa do tipo, "agora você deve obediência a seu marido". Respirei fundo e tive que aguentar, eu não tinha nada a ver com aquela situação, a religião e o casamento nesses moldes era um escolha individual dela, não cabia a mim questionar por mais que discordasse de tudo aquilo.   No ano de 2013 a vereadora do Recife Michele Collins subiu na tribuna pra criticar casamento gay e embasou seu discurso defendendo a família tradicional e a submissão das mulheres a seus respectivos esposos (leia aqui ). Isso já faz mais de dois anos, mas é um debate muito atual e algumas pessoas próximas vem me lembrando este fato e é inevitável criticar a "crítica"

NÃO DESISTE, JUVENTUDE!

No tempo da escola conheci “turmas” organizadas em que cada uma tinha seu paredão de som e nas festas de rua exibiam suas camisas e copos personalizados pra se identificarem, nessa época pude conhecer também as “galeras” que se organizavam nos bairros e nas torcidas dos times de futebol, existia rivalidade entre os bairros e entre as torcidas e o que identificava as galeras eram as pichações, “é massa passar por um muro e ver a marca do cara ali”, dizia um amigo meu.   Conheci também os jovens de igreja que organizam encontros, o “Encontro de Jovens com Cristo” (aquele que todo mundo diz que chora muito, sai renovado e ninguém pode contar o que foi), eles frequentavam as missas e não ficavam até muito tarde na rua. Ao passar uma tarde no parque da jaqueira, me surpreendi com a diversidade de tribos que se concentram ali, vi a turma do skate, de dança de rua e a galera que se veste de desenho animado e se amarra em jogos eletrônicos.   Entendi que a forma com que cada galera, t

ao amor maior que tive

"O sonho não acabou" me disse ele num sonho curto e bom, tentei voltar pro sonho e não consegui tive que seguir sonhando acordada. É que de tanto sonhar acordada você virou uma ideia fixa, um pensamento constante, um porto-seguro estranho. Não sei mais se o desejo virou capricho e o amor apego, só sei que não sei dizer. É que quando você me visita nos meus sonhos e posso sentir tua energia ali, eu tenho certeza que você tá sempre por perto, me protege e cuida de mim. É que eu ainda guardo as nossas músicas  pra ouvir e morrer de amor , aquelas que eu te mandava quando sentia saudade depois que passava um dia inteiro sem te ver. É que depois de você eu entendi que a gente só ama grande uma vez na vida e depois o amor nunca mais vai embora, permanece em forma de saudade braba, às vezes calma, às vezes conformada, às vezes asfixiante. É que eu não consigo acreditar que o juízo falou mais alto que nossas cervejas, nossos baseados, nossa adrenalina, nossa sintonia e

um projeto diferente

Depois de repetir mil vezes pra mim mesma e tentar me convencer que poderia trilhar meu rumo distante da luta coletiva, recebi a proposta de uma missão muito diferente de tudo que sempre fui acostumada a fazer na vida, fui surpreendida pela proposta de me jogar na honrosa missão de representar os sonhos da juventude do Recife em uma batalha desleal, desonesta, dura e que fere os sonhos e esforços daqueles que tem boas ideias, sangue fervendo nas veias e disposição de lutar pelo que se acredita. Fui indagada e agora ando indagando as pessoas próximas a mim pra entender o que isso representa na cabeça de quem anda desacreditado da política, de quem sabe que essas coisas só dão certo com muito dinheiro, de quem sabe que tem muita coisa pra mudar, mas não sabe como faz pra resolver concretamente, e claro, o que isso representa na cabeça de quem me conhece e sabe que eu não tenho muito juízo, mas que gosto muito de cuidar de gente nas mais diversas formas, me esforcei pra cuidar da

sobre morar numa casa sem adultos

Entre o terceiro e décimo período da faculdade morei em casa de parentes pra poder estudar e militar, depois que terminei a faculdade não me senti bem em continuar assim "morando na casa dos outros" por mais que me sentisse à vontade e acolhida,  então decidi passar perrengue com outra amiga, mas assegurar minha "independência", ainda bem que a vida como sempre foi generosa comigo e fui aprovada na residência que nos oferece uma boa bolsa pra poder estudar e prestar serviço ao SUS, o fato é que morar sozinha e aí leia "morar sem adultos" (não aceito ser uma adulta) é uma experiência incrível e que eu recomendo.     Morar longe dos pais e por conta própria é viver levando choques diários de realidade, você vai colocar em prática tudo que sua mãe dizia e você não dava muita moral e percebe que é tudo verdade, sim, as coisas são caras, sim, você não pode estragar comida, isso é básico. Convivência, gastos e tarefas do lar precisam estar em harmonia pra q