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Mostrando postagens de maio, 2022

Memórias da pandemia

Estamos vivendo como se a pandemia tivesse acabado. Tenho muito receio do relaxamento das medidas, desde que tudo começou as experiências dos outros países parece que não serviram de nada por aqui. Mas é inegável a sensação de alívio e felicidade em poder viver essa nova realidade, apesar da preocupação. Um dia desses uma moça me entrevistou para uma pesquisa de doutorado, algo sobre a "representação da pandemia para profissionais de saúde". Foram minutos de algumas perguntas que me fizeram imergir completamente nas memórias mais dolorosas que carrego comigo dos primeiros meses desse período tão triste, os mais impactantes acredito que para todo mundo. Eu não me recordo exatamente das perguntas, mas no final ela pediu para eu falar palavras que representavam se não me engano, algumas situações ligadas à pandemia, situações passadas, do presente e do futuro, lembro de responder "medo" e "dor". Dor não sei, mas medo tenho certeza que foi quase que geral. A d

A mãe solo

A maternidade é um vivência muito individual e particular, cada mulher de acordo com seu contexto financeiro, emocional, social poderá viver esse processo de uma forma. A maternidade é tida socialmente como uma questão (um problema) exclusiva da mulher, costumo falar em encontros feministas que os problemas privados das mulheres não podem ser privados, devem ser públicos e "coletivizados" por que as questões de uma mulher na verdade são as questões das mulheres e assim são porque foram condicionadas historicamente e estruturadas pelo machismo. Considero a maternidade em si solitária, só você é mãe daquela criança, e isso traz uma carga gigante de responsabilidade para a vida das mulheres de todas as ordens, a maioria são condicionadas socialmente, mas nem todas, porque estou falando de um laço de amor e afeto eterno na vida de uma pessoa, e quando planejada ou desejada é realmente de uma indizível emoção. A maternidade é uma experiência maravilhosamente incrível, mas também p