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Mostrando postagens de janeiro, 2015

sobre o castelo dos horrores

Acordei com uma mensagem que dizia "fui condenado à oito anos", me levantei e fiquei rodando na casa, os oito anos não paravam de martelar na minha cabeça, oito anos de castigo, oito anos de raiva e sofrimento, oito anos de des oportunidades, oito anos é muito tempo e me perguntei quanto tempo vale pra gente se arrepender dos nossos pecados e por que não dois, três ou cinco anos de reclusão, mas oito longos anos, fiquei sem resposta, assim como a mensagem do meu amigo. Quem não tem amigo ou parente preso, nem lembra que os presídios existem e eles estão lá, superlotado, desumanos e formando doutores em criminalidade. A culpa? Do estado, claro. A culpa sempre vai ser do estado e da política que não pensa, que se acomoda, que não quer pensar, que quer se acomodar, porque é mais fácil ser omisso.  O lugar que deveria ser um ambiente " reeducativo" e de "ressocialização" nada tem a ver com isso, tem a ver apenas com depósitos de homens e mulheres

"Boa tarde..."

"Boa tarde" disse o homem que estava descarregando um caminhão de gás de cozinha enquanto me viu passar na rua, poderia ser um cumprimento cordial como qualquer outro vindo daqueles que tem educação, mas primeiro o que determinou o "boa tarde" é o fato de eu ser mulher, depois, eu tava sozinha, duvido muito que ele desejasse "boa tarde" se eu tivesse acompanhada do meu pai ou de um namorado, além de sozinha meu short era curto e minha blusa também, dava pra ver minha barriga, meu piercing no umbigo e minha tatuagem na cintura, poderia ainda ser de fato um cumprimento cordial, mas aquela entonação nojenta não me deixou dúvidas, foi um "boa tarde" escroto e nojento como a barba dele.  Moço, talvez você ache que é exagero esse meu registro, moça, você deve estar me entendendo perfeitamente bem. Eu não fiquei calada, claro. Rebati o "cumprimento" ofensivamente, por que me senti ofendida e o mais importante, eu tinha condições de rebate

DE UM ANÔNIMO QUE QUIS FALAR

Tinha 19 anos, fazia parte dos encontros vocacionais para entrar no seminário. Vivia envolto de misticismos e moralismos que eu queria que fossem o norte da minha existência.  A castidade,  um dos preceitos da conduta moral católica,  dizia que não bastava não praticar sexo, também era considerado uma desordem gravíssima o ato da masturbação.  Pois bem,  havia sido aceito para entrar no seminário,  estudar para ser padre. Fiquei extremamente feliz,  sentia o poder de Deus na minha vida. Como contrapartida,  tinha que ofertar algo à Deus por ele ter me escolhido. Decidi que nunca mais na minha vida iria nem me masturbar. Daquele dia em diante,  só tocaria o meu pênis para urinar e para lavá-lo.  Os primeiros dias foram muito fáceis, era tudo uma benção,  me sentia a pessoa mais casta do mundo.   Ao fim da primeira semana,  comecei à me sentir tentando pelo satanás, pois estava acordando de pau duro como pedra, resisti.  Na segunda semana passei a acordar no meio