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Mostrando postagens de março, 2014

Política da natureza – Jardim de borboleta - Sertão

Vamos voltar para casa, Pra nossa mãe natureza, Quero sentir que sou asa Sem precisar avião. Vamos pescar a pureza No poço da ilusão, Lá vai ter vida à vontade, Nem precisa cidade Pra morar no coração. Uma família de flores De tanta delicadeza Trabalha coando as cores Que passam pra natureza. Modernizam seu curtume Para ter sempre um perfume Se misturando no ar O cheiro a dispor do vento Vai dizendo o alimento Que é servido no pomar Uma raposa parida Em uma sombra de Lua Continua a sua vida Na vida que não é sua. Durante os primeiros dias Alimenta suas crias Com temperos naturais, O leite mina aquecido Como se fosse fervido Pelos fogões maternais As aves de pedacinhos De galhos que já viveram Conseguiram formar ninhos Onde os seus filhos nasceram. Sem calcular as bagagens Ou as diversas viagens Ao mundo dos vegetais, Nos provam que a natureza Se mantém numa pureza Que não enxergamos mais. Os formigueiros trabalham De maneira tão bravia Que os

minha pequena cidade

"Não morro de amores pela vida que se leva nas grandes cidades, porque nunca faltam nelas os excessos que fazem dos seus habitantes presas fáceis de um artificialismo cansativo, sem graça e sem medida. Se a vida apresenta encantos, estou certo que os encontramos mais abundantes e mais puros na fraternidade que está presente entre os que vivem nas comunidades pequenas." Extraí esse parágrafo do livro "HISTÓRIA DE ITAMARACÁ", me identifiquei com o sentimento.  Itamaracá é uma cidade com fortes características interioranas apesar de estar localizada na região metropolitana. É a cidade mais linda que já vi, aqui eu sou verdadeiramente feliz com as coisas mais simples que podem existir nesse mundo. Cada esquina conta um pouco da minha história, assim como as praias, as pessoas, assim como cada época que o ano passa,  pra mim na minha Ilha tudo é poesia. (leia aqui) Não me acostumaria a passar muito tempo em lugares que vou na padaria e não sei o nome do padeiro,

Programa Saúde da Família

Eu sou indignada com muita coisa nessa vida, não sei se sou mais revoltada com o sistema de educação do nosso país, ou com o de saúde ou com o sistema penitenciário. Talvez essa seja a força que me move, a vontade de mudar. Por conhecer de perto tão bem o descaso ao qual o povo pobre, preto e marginalizado vivem fico muito feliz quando encontro caminhos alternativos pra combater as desigualdades sociais e ações que de fato fazem a diferença, meu coração fica cheio de esperança que o melhor ainda está por vir.  Comecei ontem o estágio curricular em uma Unidade Básica de Saúde do Alto do Maracanã, reta final da minha graduação em enfermagem. Ontem participei de uma reunião com uma equipe saúde da família de avaliação das suas ações na comunidade e hoje foi dia de pré-natal, eu acho tudo sensacional. Eu não sei se é exagero meu, mas a proposta dos PSF's simplesmente é demais, um modelo ideal de prevenção de doenças e promoção da saúde do povo.  Tudo funciona a partir dos agen

das mulheres que amam

Eu poderia me ater aqui neste 8 de março a escrever sobre as "mulheres que lutam", sobre as mulheres que travam a luta emancipacionista para garantir seus direitos sociais, sexuais,  reprodutivos e como não dizer também, humanos, todos os dias mulheres são vítimas de violência, tudo por culpa do machismo, mas eu não quero falar disso, quero falar de amor, as mulheres que lutam, lutam com amor também, mas quero mesmo falar do amor a dois, entre duas pessoas.  Se tem alguém nesse mundo que quando se apaixona de verdade, ama e se entrega, esse alguém é a mulher, a gente ama com a pele, com a mente e com a alma. É um amor cego e até ingênuo, um amor de querer-bem, de querer cuidar, de querer amar. Eu fico reparando nas companheiras dos presidiários, não tem outra explicação, essas mulheres amam esses homens, esses homens que mataram, que roubaram, que cometeram qualquer crime contra sociedade.  Elas não medem esforços para estarem ao lado deles nos dias que é permitido e

na boca do povo

Quando conheci a União da Juventude Socialista, vulgo UJS, no meio da eleição do Diretório Central dos Estudantes da UPE em 2011 não entendi bem do que se tratava, lembro que achava massa, um povo que falava bonito, eu dizia "esse povo é muito inteligente" e ainda mais outra coisa me atraia, tinha muita gente que participava desse negócio e sempre gostei de tudo que envolve gente, fiquei encantada!  No congresso da UNE não resisti, me filiei, me filiei depois de um debate onde fui defender a opinião do movimento "transformar o sonho em realidade" e no plenário só tinha oposição, fui vaiada e tudo, acho que me filiei só de raiva. O tempo passou e cada vez mais sou apaixonada por essa organização política de juventude que entende o momento político que o país vive e se posiciona na luta política a partir das condições concretas que estão dadas e com a irreverência própria da juventude, na UJS tem a galera LGBT, do hip-hop, jovens mulheres, trabalhadores, do movim

exposta

E venho ouvindo "não se exponha". É perca de tempo me alertarem de algo. Posso contar um segredo? Odeio que me digam o que fazer, odeio que façam interpretações sobre mim, sobre como devo agir ou como tenho que ser. Eu sou o que você ver, ou algumas vezes não, às vezes ninguém consegue me ler de longe ou de vista, mas precisa me sentir, mas uma coisa é certa, sou transparente, meus olhos falam o que meu coração sente. "Não se exponha" é o caralho! Eu faço o que eu tenho vontade e sempre foi assim, a culpa em parte é dos meus pais, os quais sou muito grata por terem me dado liberdade o suficiente para eu ser sempre o que eu quis ser. Me exponho mesmo, já sentei em mesa de bar com bandido, já andei com gente armada, já andei com gente que vende drogas, já andei sozinha de ônibus e por ruas desertas em lugares que não conhecia tarde da noite, já fiz tanta coisa, minha vida é pura "exposição"! Eu me exponho quando topo ser presidente de um entidade que repres