Tava pensando hoje que se eu pudesse "encomendar" alguém como a gente faz nos aplicativos de compras com opções de personalizar pedidos, incluir preferências, remover desagrados, o produto final seria você, exatamente assim, um combo perfeito com imperfeições de tudo que eu gosto, de tudo que me atrai, de tudo que eu quero ter por perto e sempre quis.
Se tu não existisse e se pudesse, eu te encomendaria com toda certeza do mundo: com teus olhos bonitos e penetrantes, teu riso e tua risada, tua voz, tua presença dominadora, tuas ideias, tuas memórias, teus sonhos, tuas fantasias, teu compromisso, teu cuidado, tua disposição pra viver, tua doçura, tua inteligência, tua sabedoria, tua disponibilidade, tua safadeza, tu.
E sem encomendar, planejar ou calcular, tu chegou, chegou em um pacote grande, transparente e fácil de abrir, sem arrodeio, virou presente e presença potente e permanente, presença que dá sentido, que sintoniza, que alegra, que cuida, que desmonta.
Presente que tem gosto de cerveja gelada depois do trabalho e que faz com que todo dia pareça uma sexta-feira, foi como ganhar um jogo de sorte sem ter apostado ou ter simplesmente encomendado sem pedir, sem fazer esforço, sem causar tempestade, sem criar bagunça, sem ter pressa, pra fazer feliz.
Eu sorri bobo! Eu senti uma felicidade linda, leve, gentil! Eu senti cada palavra percorrendo meu olhar e meu sorriso. Eu quis gargalhar pra ti. Eu pus a chave embaixo do tapete da porta. Entra!
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