As noites em nenhum lugar do mundo são iguais, mas tem lugares que os hábitos das pessoas viram rotina e pintam as casas, as praças, as esquinas e a cidade com o jeito delas e todos os dias é dia de ser do "jeito delas". Normolândia era uma dessas cidades, cidade com praia, pacata que só ela. As crianças brincavam no meio da rua até não aguentar mais, os mais velhos ficavam na praça jogando baralho e dominó, as beatas nas calçadas das casas discutindo sobre a vida alheia, meninos e meninas se paquerando na sorveteria.
Mas teve uma noite de lua cheia que as coisas pareciam ter saído de lugar, não se via crianças, velhos, beatas, nem moças, nem rapazes em seus devidos lugares, até os bêbados da esquina sumiram. Seria o fim do mundo? Alguém tinha morrido? Passou isso na cabeça de uns caboclos que ficaram perdidos nas ruas da cidade, foi quando se avistou uma sombra entre uns becos que ficavam perto da praia, uma não, várias sombras, de repente todos os habitantes de Normolândia caminhavam em direção a pequena e bonita praia naquela noite.
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