Estamos
a doze meses das eleições que vão mudar a correlação das forças políticas no
nosso país, o povo brasileiro irá eleger novos deputados estaduais e federais,
novos senadores, novos governadores, nova presidência da República, ou não. Se
de fato as eleições por si só já mexem, renovam, transformam e muda a correlação
de forças dos poderes instituídos, o curso das disputas vindouras promete e já
provoca grande ebulição de cunho nacional e em alguns casos mais que outros,
estaduais. As ditas “Jornadas de Junho” fez de 2013 um ano atípico neste momento
pré-eleitoral e funcionou como um divisor de águas para os que pensam com
responsabilidade os rumos políticos do Brasil e para os que pretendem pleitear
um cargo político ano que vem.
Milhões de pessoas na rua negando qualquer
representatividade, exigindo mais Estado, ilustrado nos cartazes que reclamavam
mais qualidade na educação, saúde e transportes públicos e reivindicando ainda,
mais participação nas decisões políticas de Governo e Estado, no primeiro
momento assustou pela complexidade em compreender as diversas fases e
sentimentos do que estava em cena, mas para as forças progressistas que dirigem
o Governo atualmente, foi um alerta fundamental. Nas ruas as pessoas gritam que
não dá mais pra esperar e que as reformas estruturais democráticas já deviam
ter pelo menos começado a ser realizadas. Isso quer dizer ao Governo Federal
que não dá mais para servir a patrícios e plebeus e querer agradar a gregos e troianos, não dá mais pra não mexer no bolso
do banqueiro, garantir alguns programas sociais para as classes populares e as
escolas das nossas crianças Brasil a fora continuar sem quadras, sem
laboratórios, sem professores valorizados.
Em dois pronunciamentos durante as
manifestações, a Presidenta Dilma pareceu entender o recado dos brasileiros. Porém,
não basta a Chefe de Estado se dispor a orquestrar um ritmo ainda mais avançado
à nação, é preciso também garantir um conjunto de setores, bancada do Congresso
Nacional e entidades que compreendam e se comprometam com algumas coisas,
primeiro é compreender a encruzilhada histórica que a gente vive, passamos por
maus bocados nas mãos de um Governo Neoliberal entreguista nos anos 90,
caracterizado por cortes dos direitos trabalhistas, altos índices de fome,
miséria e desemprego e de total subordinação ao Imperialismo Estadunidense, e
somente com a eleição de um operário para a presidência do Brasil conseguimos
iniciar um novo ciclo político, responsável por combater em grande parte essa
herança maldita e consequentemente elevar a qualidade de vida do povo, mas que foi
até então, insuficiente para realizar as reformas estruturais democráticas que
o povo pediu nas ruas em junho.
Portanto, cabe aos que compreendem que nesta
encruzilhada retroceder também é caminho, que avançar e fortalecer a nação para
evitar possíveis retrocessos é o rumo que as forças progressistas devem
trilhar. Pois bem, para isso é necessário um projeto político corajoso, amplo, materializado
a partir da realidade concreta e que dialogue principalmente com as massas. A
largada das eleições já está dada, mas o jogo está só começando. Ainda não está
muito claro, mas de longe visualizamos candidaturas do PT, PSB e o falido PSDB,
o PT de longe tem o dever de oferecer a continuidade do processo iniciado em
2002 em uma versão mais ousada, o PSDB não vai oferecer nada, porque eles não
têm nada para oferecer e o PSB é a grande incógnita, o que o PSB tem a oferecer
em esfera federal na conjuntura política atual? Se já era uma incógnita antes,
com Marina de amarelo ficou ainda mais difícil de entender o que eles podem oferecer
de verdade.
Como já disse, o jogo está só começando e no final, os brasileiros
serão responsáveis por mudar a correlação das forças políticas no país, por
isso, atenção, a encruzilhada existe, é imperativo compreender e interpretar o
jogo e escolher um lado de forma coerente e objetiva, o lado de avançar
fortalecendo a nação. Serão doze meses de pura ebulição e efervescência.
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