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sem pequenez

Sem pequenez pra viver, sejamos grandiosos todas as horas! Chegando ao final de um ciclo depois de um ano de gestão do Diretório Central dos Estudantes da UPE é momento de avaliar com todos o que foi feito e de pensar no que está por vir. Um ano pode parecer muito pouco e é, mas em um ano eu vejo, eu sinto o quanto cresci, me tornei mais irônica, debochada como alguns me disseram esses dias e também fria, características fundamentais na política, os adversários odeiam e a frieza nos torna mais calculistas e objetivos em certas circunstâncias, o que é fundamental. Além disso aprendi a ouvir as pessoas, talvez eu não as escute sempre, mas eu consigo compreender o que elas querem dizer, o que as levam a pensar naquela determinada forma, etc. Nessa vida doida de movimento estudantil, muitas vezes a gente se pergunta se vale à pena mesmo passar por tanta coisa, mas é tudo tão relativo, "tudo vale à pena quando a alma não é pequena" e a minha não é, nem a minha nem a de quem esteve ao meu lado o tempo todo, a gente tá aqui pra aprender e não teve um dia que eu não aprendesse um pouco mais com o DCE, ao final dessa gestão, vejo "meus calouros", sendo eleitos dirigentes dos diretórios acadêmicos, comprometidos com a nova gestão eleita do DCE com brilho nos olhos, falando bonito, com vontade de fazer a diferença e isso pra mim é tudo! 

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a vida finda

Vivo hoje o 7° dia da partida do meu pai dessa vida, perdi a pessoa que mais amava nesse mundo (até minha filha chegar). Foi como se tivessem arrancado um pedaço do meu corpo, dói tanto, morrer dói nos outros. Não importa as circunstâncias, o tempo, a forma, ninguém quer perder quem ama. E ainda que ele vivesse dizendo "eu já posso morrer" se referindo a nossa condição material: ele aposentado, deixaria a pensão pra minha mãe, eu enfermeira concursada, meu irmão engenheiro, uma neta que ele sempre me pediu, ele não podia morrer. Eu não queria perdê-lo por nada nesse mundo.  Na segunda passada, 16 de agosto de 2021 perto das 19h recebo a ligação da minha mãe aos prantos, "beta, acho que teu pai tá morrendo" e eu morri um pouquinho ali também, nunca uma viagem pra Itamaracá foi tão longa, fiz promessas pra Deus e pra Nossa Senhora da Conceição. Mas não tinha mais promessa que desse jeito, meu pai tinha morrido. Partiu de  forma relativamente breve, com alguma angústia

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Vi meu pai e ainda vejo minha mãe fazendo trabalho braçal pra pagar as contas. Muitos trabalhos, meu pai serviços de dedetização, sendo dono de bar, vigilante, minha mãe bordando, revendendo avon, fazendo lanches, ofício que cumpre até os dias atuais. Me pego pensando nisso dentro da sala que trabalho com o ar-condicionado em 16 graus, onde passo as manhãs e as tardes realizando consultas de enfermagem na maior parte do tempo sentada fazendo avaliações, orientações, escutas. Refleti sobre esses trabalhos também uma vez quando entrei no elevador do plantão e comentei com a moça dos serviços gerais que eu tava sentindo frio, ela rebateu que "tava era com muito calor". Penso nisso o tempo todo, como um dia desses que vi um homem de manhã carregando sozinho no ônibus duas caixas de morango pra vender ou quando o marido de uma gestante que atendo não consegue se livrar de uma lesão que deve ser causada por fungos que com certeza veio do trabalho dele na Ceasa. Trabalho é trabalho

A mãe solo

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