A felicidade clandestina é boa, é gostosa e excitante. Não existem verdades absolutas, nem quero inventar uma aqui, mas talvez os amores mais intensos e bonitos venham da ideia de não poder existir, nasçam do proibido, porque neles a gente não tem que provar nada pra ninguém, a gente só sente e se for pra provar que sejam convocadas as testemunhas. Os lençóis, os donos dos bares e os céus são as maiores testemunhas da nossa felicidade, do nosso amor, são testemunhas fieis. E se um dia tiver um julgamento eu vou apenas dizer que sou feliz porque felicidade ainda que clandestina não deixa de ser felicidade, quando as testemunhas forem intimadas, essas talvez tenham mais a dizer que eu. Os lençóis vão dizer que dos amantes que eles já conheceram ou ouviram falar, nenhum deles se abraçaram com tanta ternura e querer quanto nós, sem falar da paixão quente que transbordava em suor entre nossas peles. Os donos dos bares vão achar graça, vão ficar surpresos e nos parabenizar pelo