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Mostrando postagens de março, 2015

dos gritos do dia vinte e três

Quando todos os barulhos que me cercam calam por algum instante, dentro de mim ouço gritos. Gritos de tudo que eu sou, gritos das minhas saudades que não são poucas, gritos dos meus sonhos que são infinitos, gritos daquilo que com o barulho de fora não ouço direito por dentro e ficam sufocados, presos, esperando só um pouco de silêncio pra poder respirar. Acho que a gente é aquilo que pensa quando tá sozinho, quando não tem ninguém olhando, acho que a gente é aquele instante de solidão que faz a gente sentir aquilo que a gente é, uma lembrança antiga, um rabisco no caderno da escola, um encontro que ficou lá atrás, a vontade de fazer uma coisa diferente no outro dia. A vida é tão engraçada e bonita, a gente é tanta coisa, bem que as pessoas podiam ser mais humanas, bem que as pessoas podiam reconhecer nos olhos do outro as tantas vidas que existem dentro de um só ser e assim se enxergar no outro, todo mundo grita por dentro, todo mundo uma hora é solidão e os gritos que vem de dentro

13 de março

As manifestações de junho de 2013 simbolizaram o início de uma acirrada disputa de projetos e ideias colocando em evidência os interesses de classe que movem a sociedade brasileira, elas anteciparam junto com a Copa do Mundo o debate da campanha presidencial. Dentre todas as candidaturas apresentadas, mais uma vez se deu a polarização entre dois projetos antagônicos representados de um lado pelos setores conservadores e as elites econômicas e do outro pelas camadas populares que ascenderam social e economicamente nos últimos anos.  O resultado das eleições foi antecedido de muita mobilização de rua, de muito debate nas redes sociais e de muita ofensiva midiática a serviço da direita, não foi fácil, mas o projeto que dialoga com os anseios do povo trabalhador venceu nas urnas. A vitória eleitoral de Dilma não significou o término da disputa, ainda vivemos um ambiente político de embate desgastante e com lados muito bem definidos. Estamos no início do segundo mandato da presidência

Por que o "feminismo" incomoda?

O dia 08 de março deve sempre servir pra reforçar a luta das mulheres do mundo por nada mais, nada menos que o direito de serem livres. Pra mim a essência das pessoas está na sua liberdade, quando eu me entendo como livre e faço o que tenho vontade na hora de fazer e sem praticar mal a ninguém, eu sou tudo aquilo que o outro vê, sem máscaras, sem teatro, sem simulações, ofereço o que sou, por isso costumo dizer que "sou a minha liberdade". E nada incomoda mais que a liberdade do outro, mesmo que ela não interfira nem um pouco na tua forma de viver, acho que por isso que o feminismo incomoda tanto.  O feminismo luta pelo óbvio, é óbvio que o fato de eu ser mulher não pode determinar meu modo de vestir, de falar, de andar, de me relacionar, de viver, mulheres e homens são livres pra ser o que elas/eles quiserem ser, a luta é pra que os machistas (aqueles que acreditam que o fato de ser mulher priva alguém de qualquer coisa) entendam isso, a luta é pra que os machistas pare