A casa de vovó é uma típica casa de vó. Aconchegante e bonitinha, tem quintal, cachorro e várias gavetas cheias de coisa que eu sempre mexia quando criança e quebrava, claro. Na casa de vovó o almoço é mais gostoso, não sei que tempero é que usam lá, mas tudo dá água na boca, pense numa delícia. Dá vontade até de comer fruta e doce de goiaba feito na hora. Eu não sei se com todo mundo é assim, mas sempre tenho medo de ir no banheiro à noite na casa de vó, imagino milhões de coisas, sou uma mole. Mas o melhor de tudo com certeza é chegar lá e receber um cheiro da minha vó e ouvir ela me chamando de linda. Quando ela tava quase eu não aparecia lá, agora que estou todos os dias e a casa está do mesmo jeito, está faltando alguma coisa, na casa da minha vó agora, só não tem a minha vó.
Li essa semana "a busca pelo amor continua, apesar das improbabilidades" e era tudo que eu precisava ler. Apesar de todas as contradições, decepções experenciadas, cansaço, todo mundo quer amar e ser amado e feliz. E parece que a ideia de ser "feliz pra sempre" com alguém é realmente boa e pode ser verdade. Faz sentido e dá mais sentido à vida. Não tô falando puramente do amor romântico, esse pra existir e resistir precisa mesmo de estar inserido em mil outros contextos favoráveis que nessa vida dura e cruel que a gente leva é idealização de gente que tá começando agora. Eu tô falando de encontrar alguém de verdade pra viver a vida real, que você olhe e tenha certeza (não que é o amor da sua vida, pode ser, a gente quer que seja, mas) que é uma pessoa que dá pra conviver saudavelmente porque consegue basicamente entender o que ela te diz, porque vocês concordam nas questões mais importantes da vida (o jeito de ver a vida) e porque vocês dois estão dispostos e dispo
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