Eu poderia me ater aqui neste 8 de março a escrever sobre as "mulheres que lutam", sobre as mulheres que travam a luta emancipacionista para garantir seus direitos sociais, sexuais, reprodutivos e como não dizer também, humanos, todos os dias mulheres são vítimas de violência, tudo por culpa do machismo, mas eu não quero falar disso, quero falar de amor, as mulheres que lutam, lutam com amor também, mas quero mesmo falar do amor a dois, entre duas pessoas.
Se tem alguém nesse mundo que quando se apaixona de verdade, ama e se entrega, esse alguém é a mulher, a gente ama com a pele, com a mente e com a alma. É um amor cego e até ingênuo, um amor de querer-bem, de querer cuidar, de querer amar. Eu fico reparando nas companheiras dos presidiários, não tem outra explicação, essas mulheres amam esses homens, esses homens que mataram, que roubaram, que cometeram qualquer crime contra sociedade.
Elas não medem esforços para estarem ao lado deles nos dias que é permitido e enfrentam preconceito no ambiente familiar, na rua, nos ônibus, no próprio presídio, é como se "mulher de preso" fosse menos mulher por se sujeitar a essa situação, mulheres que visitam homem nos presídios aos olhos dos outros estão indo "tirar cadeia", nunca é porque elas querem ir, não é porque elas amam, existem exceções, mas é por amor que elas não deixam de ir.
Falei lá em cima que não queria dar uma linha política nesse texto e falar apenas de amor, mas acabei de lembrar que também existem mulheres presas que assim como os homens e até muitas vezes por influência dos homens (pelo amor que sentiam por eles), cometeram algum crime e se encontram assim como os presidiários, presas. Se a gente for comparar, mulheres presas perdem seus companheiros por estarem presas, diferente dos homens presos.
Companheiras de presidiários não largam seus homens, porque elas querem ajudá-los, não querem perdê-los sob hipótese alguma, mas os companheiros das presas não topam passar por nenhuma situação constrangedora e sacrificante para estar ao lado da mulher, amando-a ou não e isso é consequência de uma concepção machista. Mas talvez isso também aconteça porque os homens não amam como as mulheres amam.
Às vezes a gente se arrepende, às vezes não, mas se tem uma palavra que nos define, essa palavra é amor!
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