Escrevo porque preciso, preciso de balanços, preciso de registros, preciso me botar pra fora, preciso me ler, preciso renovar pra começar um ano novo, isso que Drummond descreveu bem sobre a magia do espírito de renovação em um novo ano é real e sou grata por ela existir, de fato doze meses dão pra qualquer ser humano se cansar, então vamos encerrar um ano e partir pra outro.
Me desculpem os insatisfeitos com 2015, mas pra mim foi um dos melhores anos da minha vida até esta primavera. Recordo que neste mesmo dia ano passado eu estava aflita com o que 2015 poderia ser, eu tinha acabado de me formar e na metade do ano encerraria a missão na militância estudantil, tava meio perdida, meio ansiosa, mas deus, o destino, as forças da natureza, o universo, ou sei lá o que, foram generosos comigo.
Ontem lendo todos os textos do blog me permiti chorar, me permiti mergulhar um pouco em mim e tentar me entender. Tenho visto muitas pessoas falando sobre "ser sozinha", "estar sozinha" e acho que foi um dos anos que mais estive sozinha, apesar de sempre estar rodeada de gente. Acho que foi o ano que mais estive a sós comigo, descobri o significado da palavra "solitude", que é querer estar sozinha por opção e sempre sentia isso quando depois de dias cheios ou não tão cheios o melhor encontro era comigo mesma quando chegava em casa e podia pensar, avaliar, acho que se tem uma coisa que fiz em 2015 foi refletir.
Eu que nem almoçava sozinha no começo da faculdade, aprendi a andar sozinha, comer sozinha, dormir sozinha, ficar doente sozinha, por mais que não goste de fazer quase que nenhuma tarefa sozinha. Morar longe dos pais tem esse preço, porque por mais amigos que eu tenha, inclusive os que moram comigo, somente minha família preenche o espaço que é deles, às vezes ficava tudo meio vazio e de vazios fui entendendo um pouco, tô aprendendo a lidar com eles e talvez não tenha sido tão ruim assim.
Talvez 2015 tenha sido bom pra mim porque tenho o sentimento que ele só começou depois do congresso da gloriosa UEP Cândido Pinto no mês de junho, os primeiros seis meses foram difíceis, estava saturada e esgotada da tarefa de ser presidenta da entidade, não foi fácil terminar, acho que não terminei com a dedicação que a entidade merecia, mas fiz o que pude dentro das minhas contradições, fizemos um excelente congresso que me lavou a alma e me renovou, foi quando meu ano começou, foi nessa mesma época também que comecei a atender no posto, então foi de fato o start de 2015.
O desgaste do mundo político e econômico apenas que trouxeram aprendizado e reafirmação naquilo que acredito, inclusive estou muito feliz com a tarefa que fui desafiada, quando me apaixono eu me jogo e eu já me joguei no desafio 2016 com força, com amor, mente, alma e coragem, mas confesso também que a coragem vem do medo e do frio na barriga que tento não sentir, mas não quero saber, vou viver esse negócio, por mim, pelos que me rodeiam e pelo que a gente acredita.
E no final e em tudo na vida o que faz a gente ser feliz não são apenas as realizações materiais, políticas, enfim, mas as pessoas que nos cercam, estive cercada de gente com o coração bonito, conheci muita gente linda e especial, todas fazem morada em mim, quero ir junto com todas essas pessoas pra um novo ano, vai dar certo! Sobre as metas de 2016: "vamos deixar a meta aberta, mas quando atingirmos a meta, vamos dobrar a meta" hahahaha feliz ano novo, gente!
eu sempre choro ouvindo essa música! rsrs
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