Ontem eu tava arrumando algumas gavetas e me desfazendo de alguns papéis, não eram papéis velhos, tinham papéis da semana passada inclusive e eles não me valiam mais de nada. Nada! Mas como nada? Semana passada eu precisava deles, eu tinha cuidado, não podia perdê-los, eles não podiam molhar, mas agora eles são totalmente inúteis. Os papéis não mudaram, continuam do mesmo jeito que antes, o que mudou foi a minha necessidade. Em quase tudo na vida sempre é assim, quem muda somos nós. E aí a gente começa a se desfazer do que não é mais interessante. São assim com as promessas também. Já fiz tanta promessa que perdeu o sentido em pouco tempo e que eu nunca cumpri. Das promessas e juras que eu nunca cumpri, ficaram apenas a vontade de serem eternas e cumpridas um dia, mas são sei se o desejo de serem realizadas. As coisas mudam, as pessoas, as prioridades e as vontades.
Li essa semana "a busca pelo amor continua, apesar das improbabilidades" e era tudo que eu precisava ler. Apesar de todas as contradições, decepções experenciadas, cansaço, todo mundo quer amar e ser amado e feliz. E parece que a ideia de ser "feliz pra sempre" com alguém é realmente boa e pode ser verdade. Faz sentido e dá mais sentido à vida. Não tô falando puramente do amor romântico, esse pra existir e resistir precisa mesmo de estar inserido em mil outros contextos favoráveis que nessa vida dura e cruel que a gente leva é idealização de gente que tá começando agora. Eu tô falando de encontrar alguém de verdade pra viver a vida real, que você olhe e tenha certeza (não que é o amor da sua vida, pode ser, a gente quer que seja, mas) que é uma pessoa que dá pra conviver saudavelmente porque consegue basicamente entender o que ela te diz, porque vocês concordam nas questões mais importantes da vida (o jeito de ver a vida) e porque vocês dois estão dispostos e dispo
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