Muitas vezes quando já estamos inseridos na rotina universitária em pouco tempo a etapa que antecedeu a essa nova fase fica esquecida, como o ensino médio e o vestibular. Mas no movimento estudantil não dá pra falar de universidade sem falar desse grande gargalo da educação brasileira que é a qualidade do ensino básico. Faz alguns dias que foi aprovado de fato o Exame Nacional de Ensino Médio – ENEM como 1ª fase do vestibular da UPE e o Diretório Central dos Estudantes dessa Universidade vem expor a estudantada algumas opiniões a respeito.
Diferente do modelo do tradicional do vestibular onde quem tira notas aptas para aprovação são estudantes que tem condições de estudar em boas escolas e pagar cursinho e matérias isoladas constituindo assim a histórica universidade elitista brasileira, o ENEM se apresenta como uma tentativa de superação desse modelo excludente, uma prova de raciocínio, de aplicação da teoria a realidade que faz com que o estudante pense a questão e pense a resposta, não é um teste de memória, mas de aprendizado, em suma o ENEM na teoria é excelente porque além da sua proposta metodológica ser a ideal ele equipara as desigualdades regionais no nosso país, dizemos equipara no sentido de dizer em médio prazo, por que uma prova única aplicada em todo território nacional como processo de ingresso ao ensino superior fará com que o currículo das escolas no ensino médio passe por uma reforma para se adaptar a mesma.
Porém, na prática o que vemos e sentimos na pele são grandes contradições que precisam ser combatidas. A primeira delas são as falhas da própria prova que vem melhorando a cada ano, mas ainda deixam a desejar e que devem ser corrigidas de imediato. Outra, se um dos objetivos está em reformar o currículo do ensino médio a mudança tem que começar desde já, precisamos de uma nova escola em todas as regiões do país tanto pública como privada para o novo ENEM.
Para fazer uma análise da conjuntura precisa, os filhos dessa terra devem fazer um resgate do que já foi a educação nacional e as mudanças ocorridas, para assim fazermos avaliação sobre qual o papel social do ENEM como importante ferramenta de democratização ao ensino superior e a partir disso apontarmos as deficiências que funcionam como entraves para o pleno desenvolvimento das escolas, universidades e pessoas, como as falhas desde o acesso até a falta de políticas de permanência dos estudantes que ontem não sonhavam em entrar na faculdade.
Por isso, o DCE da UPE entende a adesão do ENEM na 1ª fase do vestibular como uma conquista para a educação brasileira apesar dos problemas ainda existentes supracitados, então a 2ª fase no contexto atual com matérias específicas de cada curso e com a nossa redação surge como um mecanismo de garantir a confiabilidade dos resultados das nossas provas que são marca registradas da Universidade de Pernambuco, lembrando que o movimento estudantil sempre será vanguarda no que diz respeito aos caminhos que devemos seguir para garantir uma educação libertária e instituições de ensino democráticas e populares.
Por: Diretório Central dos Estudantes/UPE - Gestão - Pra transformar a UPE, um novo DCE 2012/2013.
Leia mais: http://dceppf.webnode.com/news/nota-do-dce-sobre-a-ades%C3%A3o-do-enem-como-1%C2%AA-fase-do-vestibular-da-upe-/
Comentários
Postar um comentário