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Mostrando postagens de agosto, 2013

CONVICÇÕES

Sou jovem e acredito em coisas belas. Acredito em uma sociedade sem classes e acredito em um mundo de luz, comunista e espírita, com muito amor. Parece loucura e todos os dias minhas convicções são postas em prova. O mundo pra quem não sabe onde pisa e não sabe o caminho que quer que ele siga parece muitas vezes sem sentido.  Reparem, todas as horas pessoas são assassinadas, violentadas por crimes desumanos, falta paz no coração dessas pessoas, elas ainda não conseguem se desarmar e respeitar a lei do "ama teu próximo como a ti mesmo" e tudo isso tem relação com as crises do sistema capitalista, que exclui, marginaliza pessoas e transforma as mesmas em verdadeiros flagelos sociais.  Como acreditar em uma sociedade sem classes se o que mais tem ainda é tanta gente sendo oprimida por quem detém poder econômico e político? Como acreditar em mundo de luz em meio a tantas sombras? Repito, minhas convicções são postas em prova todas as horas, mas ainda assim acredito.  S

entrelinhas

Ando me esbarrando com ele todas as horas, seja na barba do médico, seja na caneca de café que achei em outra cama, detalhes que me levam as lembranças dele. Se as histórias do mundo já foram escritas como alguns acreditam, creio que a nossa ficou apenas nas entrelinhas, entrelinhas por que nunca entendi bem o que era que eu sentia e até hoje eu não entendo.  A única certeza é que nunca tive certeza de nada, nossos destinos seguem em paralelo, antes, durante e depois de conhecê-lo nossos destinos seguem sem se cruzarem e nunca se cruzarão. Somos como uma mistura de água e óleo. E como sempre, o vejo de longe e só confirmo o que sempre pensei, “nunca nos encaixaríamos” e chego a ter quase certeza que o melhor a fazer já está sendo feito, ele de um lado, eu de outro, porque quando estava ao lado dele tinha vezes que doía um pouco pela dificuldade em compreender o que eu já sabia.  Devo esbarrar ainda tantas outras vezes com as manias, aparências e tantas outras lembranças, mas n

O CASO CAMA E CAFÉ

Cama e café era tudo o que ele tinha pra oferecer a ela. Mas não era como aqueles contos românticos que poderia descrever “e pra eles juntos na cama e na companhia de um bom café, o mundo começava e termina ali...” não, não era nada parecido com isso, era cama, era café, apenas. Os tempos podem mudar e as mulheres se firmarem cada vez mais nos diversos espaços de poder da sociedade, mas em uma relação a dois o que elas querem é se sentir mulheres, sexo frágil, apaixonadas. Elas querem se sentir unicamente desejadas por eles, mesmo que não seja, querem receber mensagem deles no celular dizendo que tão com saudade, mesmo que seja mentira, querem ser abraçadas antes de dormir com os braços deles exalando amor, mesmo que não exista amor. Elas querem viver ROMANCES, mesmo que no início de uma história eles coloquem uma placa: “proibido sentimentos”. Pois bem, cama e café sem sentimentos, depois que um tempo passa, fica sem graça, perde o gosto, se torna desnecessário e até pode fazer mal a

A PEIXARIA

Pego ônibus pela manhã todos os dias na mesma parada em um bairro de Olinda, recentemente foi aberta uma peixaria em frente dela. Percebi que agora as pessoas ficam mais à direita, muito provavelmente por conta do cheiro que tomou conta de parte daquela parada, cheiro de peixe. Na verdade não são todas as pessoas, por que eu continuo no mesmo lugar, o cheiro de peixe cru não me incomoda, pelo contrário, me traz boas lembranças, lembranças do tempo em que eu via minha mãe ou alguma das minhas tias tratando os peixes como a gente chama, no quintal da casa da minha vó Lourinha em Itamaracá e lembro do mesmo cenário quando passo na rua e alguém tá fritando peixe, ou então se vejo um peixe feito de coco. Como não lembrar do meu vô Zé Guedes comendo moqueca, com um prato de laranja ou manga e um bom prato de feijão com farinha. Pois bem, a peixaria me faz lembrar o quintal da casa da minha vó que nem existe mais, a não ser nas boas lembranças que a gente guarda pra sempre na memória.

Deveres morais

Esse negócio de ser de entidade estudantil exige uma responsabilidade enorme da gente. Não só responsabilidade, mas também disciplina e muito compromisso. A gente passa nas salas de aula e promete debate, passeata, um verdadeiro mundo revolucionário e a gente tem o dever de cumprir com as atividades prometidas, claro. Dessa forma conquistamos mais pessoas pra se somarem à luta. Não tantas quanto queremos, porque a maioria delas acha que somos uns idiotas e por vezes elas me fazem sentir uma idiota mesmo, do jeito que nos olham e tratam. Mas as pessoas que me preocupam na verdade são as que os olhos brilham quando encontram com a gente nas salas de aula, nos corredores das faculdades. Falar nas salas de aula sobre melhores condições de ensino e de um país melhor é falar com esperança que as coisas podem mudar. E isso quando toca profundamente no coração das pessoas só tem dois rumos que elas podem tomar: o u juntam-se a nós em busca das mudanças e não se afastam jamais por acreditar na

Por uma reforma política democrática

Estamos em agosto e a verdade é que a “jornada de junho” não acabou. Milhões de pessoas foram às ruas tomadas por uma insatisfação geral no Brasil inteiro, no que tange principalmente os serviços públicos: educação, saúde, transporte. Estamos no meio da pior crise capitalista mundial e enquanto em países da Europa a taxa de desemprego, principalmente entre a juventude está em índices altíssimos, nas manifestações ocorridas por essas terras, não foi visto nenhum cartaz exigindo emprego, ou até mesmo comida.  Bom, não me levem a mal, não quero dizer que não existem desempregados no Brasil, muito menos que não tem mais ninguém passando fome por aqui. Mas temos que convir que diante de uma nação com pouco mais de quinhentos anos, que carrega tantas contradições refletidas nas desigualdades sociais enfrentadas diariamente, em dez anos o Brasil mudou de cara e de atitude, somos uma nação respeitada no mundo inteiro e que avançamos muito no que diz respeito a políticas sociais.  Poré