Esse negócio de ser de entidade
estudantil exige uma responsabilidade enorme da gente. Não só responsabilidade,
mas também disciplina e muito compromisso. A gente passa nas salas de aula e
promete debate, passeata, um verdadeiro mundo revolucionário e a gente tem o
dever de cumprir com as atividades prometidas, claro. Dessa forma conquistamos
mais pessoas pra se somarem à luta. Não tantas quanto queremos, porque a
maioria delas acha que somos uns idiotas e por vezes elas me fazem sentir uma
idiota mesmo, do jeito que nos olham e tratam. Mas as pessoas que me preocupam
na verdade são as que os olhos brilham quando encontram com a gente nas salas
de aula, nos corredores das faculdades. Falar nas salas de aula sobre melhores
condições de ensino e de um país melhor é falar com esperança que as coisas
podem mudar. E isso quando toca profundamente no coração das pessoas só tem dois
rumos que elas podem tomar: ou juntam-se a nós em busca
das mudanças e não se afastam jamais por acreditar na luta, ou então se frustram
por não ver nenhuma vitória imediata, desistem, perdem o brilho dos olhos e o
gosto pela luta. Por isso que disse mais acima que são essas as pessoas que me
preocupa. E carrego comigo, sempre que encontro um par de olhos cheio de
esperança ao nos ouvir falando do mundo dos nossos sonhos, a responsabilidade e
o dever moral de mostrar a essas pessoas que se nós juntarmos mais olhos que
brilham somados a luta diária seremos um grande exército incombatível.
Li essa semana "a busca pelo amor continua, apesar das improbabilidades" e era tudo que eu precisava ler. Apesar de todas as contradições, decepções experenciadas, cansaço, todo mundo quer amar e ser amado e feliz. E parece que a ideia de ser "feliz pra sempre" com alguém é realmente boa e pode ser verdade. Faz sentido e dá mais sentido à vida. Não tô falando puramente do amor romântico, esse pra existir e resistir precisa mesmo de estar inserido em mil outros contextos favoráveis que nessa vida dura e cruel que a gente leva é idealização de gente que tá começando agora. Eu tô falando de encontrar alguém de verdade pra viver a vida real, que você olhe e tenha certeza (não que é o amor da sua vida, pode ser, a gente quer que seja, mas) que é uma pessoa que dá pra conviver saudavelmente porque consegue basicamente entender o que ela te diz, porque vocês concordam nas questões mais importantes da vida (o jeito de ver a vida) e porque vocês dois estão dispostos e dispo
Comentários
Postar um comentário