Pego ônibus pela manhã todos os dias na mesma parada em um bairro de Olinda, recentemente foi aberta uma peixaria em frente dela. Percebi que agora as pessoas ficam mais à direita, muito provavelmente por conta do cheiro que tomou conta de parte daquela parada, cheiro de peixe. Na verdade não são todas as pessoas, por que eu continuo no mesmo lugar, o cheiro de peixe cru não me incomoda, pelo contrário, me traz boas lembranças, lembranças do tempo em que eu via minha mãe ou alguma das minhas tias tratando os peixes como a gente chama, no quintal da casa da minha vó Lourinha em Itamaracá e lembro do mesmo cenário quando passo na rua e alguém tá fritando peixe, ou então se vejo um peixe feito de coco. Como não lembrar do meu vô Zé Guedes comendo moqueca, com um prato de laranja ou manga e um bom prato de feijão com farinha. Pois bem, a peixaria me faz lembrar o quintal da casa da minha vó que nem existe mais, a não ser nas boas lembranças que a gente guarda pra sempre na memória.
22:30 e ainda estou lendo agenda escolar (eu achava que hoje daria pra terminar a leitura daquele livro que eu queria tanto, mas hoje mais uma vez não deu, tento desde o ano passado), nela encontro além dos 10 trabalhos de casa para serem entregues nos próximos dias, mais uma demanda que precisa ser cumprida sob pena de eu ser condenada como uma mãe descuidada, afinal é só uma guloseima pra comprar e entregar na escola, coisa super simples. 22:30 e desde 05:30 não paro de cronometrar o tempo (assim como todos os dias), até 06:30 eu e todas as bolsas precisam estar prontas, mas nunca estão (são pelo menos 5 bolsas que precisam ser checadas todos os dias antes de sair, com vestimentas, refeições, acessórios, materiais de trabalho), 06:30 é hora acordar a princesa para ela estar pronta até 07:00 e ela nunca está, a meta é sempre sair pelo menos 07:15 e incrivelmente tem dias que eu consigo. No trabalho avalanche de demandas, mato todas no peito, sei fazer tudo, sou boa em fazer tudo que f...
Comentários
Postar um comentário