Morreu. Acenderam a vela pra velar. Os vizinhos chegaram, os parentes distantes também. O caixão ficou na sala com os pés virados pra porta (acho que é por isso que dizem que faz mal dormir com os pés virado pra porta, isso é coisa de defunto). A viúva chorou, os filhos e os netos também, choraram, gritaram, morrer dói nos outros. Os filhos carregaram o caixão pelas ruas até o cemitério. Era um homem bom. (a gente vê pela quantidade de pessoas que acompanharam o enterro). Ele agora tá lá a sete palmos embaixo da terra. Eu acho bonito esses enterros de cidade pequena, quero ser enterrada que nem meu avô.
Li essa semana "a busca pelo amor continua, apesar das improbabilidades" e era tudo que eu precisava ler. Apesar de todas as contradições, decepções experenciadas, cansaço, todo mundo quer amar e ser amado e feliz. E parece que a ideia de ser "feliz pra sempre" com alguém é realmente boa e pode ser verdade. Faz sentido e dá mais sentido à vida. Não tô falando puramente do amor romântico, esse pra existir e resistir precisa mesmo de estar inserido em mil outros contextos favoráveis que nessa vida dura e cruel que a gente leva é idealização de gente que tá começando agora. Eu tô falando de encontrar alguém de verdade pra viver a vida real, que você olhe e tenha certeza (não que é o amor da sua vida, pode ser, a gente quer que seja, mas) que é uma pessoa que dá pra conviver saudavelmente porque consegue basicamente entender o que ela te diz, porque vocês concordam nas questões mais importantes da vida (o jeito de ver a vida) e porque vocês dois estão dispostos e dispo
Comentários
Postar um comentário