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Amanhã vamos ter CRT pra definir comissão eleitoral e algumas outras coisas pras eleições do DA e estou muito preocupada com os rumos que as coisas estão tomando. A cada reunião esvaziada, a cada assembleia que ninguém comparece, a cada crítica sem fundamentos que escuto, fico me perguntando se cumpri meu papel nessa gestão. Me pergunto se não estou perdendo meu tempo me dedicando com tanto amor ao movimento estudantil. Ser diretório acadêmico não é fácil, você tem que saber lidar com seus colegas do DA, pessoas que muitas vezes pensam diferente de você, mesmo que com objetivos comum, tem que saber lidar com os estudantes. É desgastante! Mas quando você tá determinado a fazer o que acha melhor, quase nada te faz desanimar. Dentre as coisas que faz desanimar, me entristece a forma equivocada com que as pessoas percebem as representações estudantis, me sinto às vezes empregada dos estudantes. É um tal de Melka, tenta conseguir isso, Melka, vê aquilo pra gente, Melka, coloca o microondas lá fora. Eu acho que o problema sou eu, que não consigo mostrar pros estudantes qual o verdadeiro papel do DA. Eu aprendi que devemos fazer um movimento estudantil propositivo que pensa a universidade a partir da vivência e das dificuldades da sala de aula as melhorias para o ensino e consequentemente transformar a educação brasileira e a qualidade de vida da população. O movimento estudantil é ferramenta de mudança para a sociedade que queremos, com menos desigualdades, mais oportunidades para jovens, mulheres, negros, índios e o escambau. Não é falácia. É a verdade. Sempre foram os jovens intelectuais que mudaram a história do seu povo. Hoje não é diferente, porém a conjuntura que está posta é OUTRA. As pautas, as bandeiras de luta mudaram, só isso gente. Ainda temos muito a fazer. Ainda vivemos em um país que tem uma dívida história com seu povo: investimento maciço em educação. E só a partir da educação é que alcançaremos um país melhor, sem sombra de dúvidas! E nós, universitários somos uma classe privilegiada desse Brasil que tá avançando, mas que ainda deixa muito a desejar. Nós somos os futuros advogados, professores, médicos, enfermeiros, nossa atuação amanhã será reflexo da nossa formação acadêmica hoje. Uma formação que te faça pensar no teu valor pra transformar a sociedade, que te faça pensar de forma crítica, questionadora e não, mais uma pessoa com um diploma na mão. E é aí que o movimento estudantil tem importância fundamental, nós temos o dever de mostrar aos estudantes a quem eles servem!

Vocês sabiam que é isso que me faz continuar no DA? É nessas coisas que eu e eus colegas do diretório pensamos quando promovemos um intervalo político, um CRT, ou sei lá o que. Enfim gente, precisamos de pessoas que pensem e acreditem junto com a gente. Convido você a estar junto conosco em uma nova gestão do DA!

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