Gosto muito de muita gente. Quando falo muita gente é muita gente mesmo. São pessoas totalmente diferentes umas das outras, mas não é a diversidade das características que faz a diferença pra mim, mas o quanto elas me cativam. E sou uma pessoa muito "cativável" (neologismo?), as pessoas me atraem, acho que o que mais gosto de fazer é conhecer pessoas, conversar e saber da história delas e principalmente, contar as minhas (são infinitas). Mas como tudo não é perfeito, as pessoas às vezes me decepcionam, ou então o problema sou eu que projeto pessoas que na verdade nunca existiram e elas se tornam tão, mas tão desinteressantes. Com a mesma intensidade que eu gosto, desgosto, simples assim! E como diz uma música de forró "cristal quebrado não cola jamais".
Vivo hoje o 7° dia da partida do meu pai dessa vida, perdi a pessoa que mais amava nesse mundo (até minha filha chegar). Foi como se tivessem arrancado um pedaço do meu corpo, dói tanto, morrer dói nos outros. Não importa as circunstâncias, o tempo, a forma, ninguém quer perder quem ama. E ainda que ele vivesse dizendo "eu já posso morrer" se referindo a nossa condição material: ele aposentado, deixaria a pensão pra minha mãe, eu enfermeira concursada, meu irmão engenheiro, uma neta que ele sempre me pediu, ele não podia morrer. Eu não queria perdê-lo por nada nesse mundo. Na segunda passada, 16 de agosto de 2021 perto das 19h recebo a ligação da minha mãe aos prantos, "beta, acho que teu pai tá morrendo" e eu morri um pouquinho ali também, nunca uma viagem pra Itamaracá foi tão longa, fiz promessas pra Deus e pra Nossa Senhora da Conceição. Mas não tinha mais promessa que desse jeito, meu pai tinha morrido. Partiu de forma relativamente breve, com alguma angústia
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