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Mostrando postagens de abril, 2015

o amor é exagero

O amor é quase uma escolha, o amor se torna uma decisão política quando a gente encontra alguém que desperte em nós a vontade de amar e fica a questão, amar ou não amar? E decidir amar é amar de verdade, amar muito. O amor é exagero, só amo se for de muito, só amo se for com pressa e água na boca, só amo se for quente, não me serve amor morno, deixo para os que são acostumados com pouco, eu não, eu sou exagerada, amor pra mim é febre. Das mais variadas definições que posso usar pra o amor, pra mim que sou uma típica ariana acredito que amor está no exagero demasiado, não sei amar pouco, não sei amar em pequenas doses diárias, não sei amar devagarinho.  Amar demais pra mim é uma necessidade vital, não tenho medo de amar sozinha, o amor que eu sou capaz de sentir pelo outro me pertence,  só não me venha com "quases", ou " meio" meia saudade, meio querer, nada pela metade completa e gosto de transbordar, mesmo que transborde sozinha, o amor sou eu.

ao novo baiano

Eu gosto do jeito que você fala com sua mãe pelo telefone fazendo parecer que Salvador fica do lado da Boa Vista e gosto de quando me pede pra te abraçar. Já me acostumei a te acordar no meio da noite dos pesadelos que atormentam teu sono e já consigo prever quando vai soltar aquela risada que é sarcástica e gostosa ao mesmo tempo. Me alegra teu cuidado com pequenas coisas como saber se eu comi e me irrita quando faz parecer que "tanto faz" porque é o "melhor pra mim", quando o melhor mesmo é tá do teu lado. Poeta tem alma de passarinho, não me julgue se não me encontrar nos meus olhos de vez em quando, porque mesmo podendo voar escolho pousar do teu lado sempre que procuro te encontrar na praia, na cama ou na mesa do bar.

eu gosto mesmo é de pedro

Sei quase nada de quase tudo, quando entendi que a ignorância protege, a escolhi por sabedoria, a ignorância protege principalmente da arrogância de quem acha que sabe demais. Desconfio desse povo que fala demais do que a gente não consegue ver, escolhi além de não saber muito falar só do que vejo, por isso que gosto tanto de falar de gente, não me interessa ouvir de pedro que as placas tectônicas estão se movendo, quero que pedro me diga do que ele sente prazer em fazer e se ele quiser falar das placas eu vou ouvir, mas quero ouvir também dos sonhos de pedro, dos medos de pedro, eu gosto mesmo é de pedro. As pessoas sempre me interessam mais. E ninguém pode um dia saber demais sobre pessoas, somos inesgotáveis de entendimento. Mesmo que fossemos escolheria não saber tudo, gosto de olhar pra alguém e ver nela um pouco e nada de mim e me encantar com a beleza das semelhanças e diferenças humanas, eu gosto mesmo é de gente. 

das pessoas que inspiram vida e poesia

Na manhã do sábado passado vi nas redes sociais através do comandante Luciano Siqueira a notícia do falecimento de um militante do PCdoB, "Marco Albertim", senti profundamente pela sua partida, não que eu ache que a morte seja uma coisa ruim, ainda mais depois que soube como se deu sua partida, mas é que a morte é um fenômeno tão individual que causa isso na gente, uma estranheza danada. Pois bem, nunca o vi na minha vida, mas seu nome ficou registrado na minha memória quando li em 2013 a forma poética e única com que ele descreveu a cerimônia de posse da entidade que presido até junho deste ano, a UEP, intitulado de "O merecido convescote".  (leia aqui) Através de Siqueira também pude ler algumas linhas que o filho do camarada dirigiu ao pai e ele fala da sua "elegância narrativa", é exatamente isso, parecia que eu tava lendo um texto de um episódio antigo, ele usava adjetivos rebuscados e de fato, elegantes. E palavras bonitas por si só podem ser ao

amor e xadrez

Quem já morreu de amor uma vez, morre de medo de amar de novo, amar dói na alma, não me diga o contrário. Mas é certo que a gente deve continuar vivendo pra poder amar de novo e deus parece que fica querendo testar o coração da gente pra ver se a gente aguenta mesmo. As paixões são inevitáveis/ inventáveis pra quem é feito de amor, como não se apaixonar quando encontra o beijo que encaixa, o abraço que aquece, o ombro que te faz querer pousar um pouco? Não tem jeito, tem que se jogar. Mas é certo também que quem já morreu de amor não se joga tão fácil assim e tenta disfarçar, mudar o caminho, colocar uma fantasia pra esconder as turbulências que o novo abraço tá causando, quase como uma guerra, calculando cada movimento e estratégias de combate, a gente se esconde até re-descobrir que amor não é um tabuleiro de xadrez.

o copo de cerveja

Na mesa do bar bebendo cerveja, o copo sempre ficava atravessado no centro da mesa, tinham o mesmo jeito de colocá-lo ao centro e vez ou outra eles eram trocados sem que os dois percebessem, são pequenos detalhes que ficam mesmo quando não resta mais nada e ela lembrou desse detalhe nas vésperas do seu aniversário enquanto bebia cerveja com uns amigos, não queria mais lembrar, mas tava impregnado na alma, assim como a noite do seu último aniversário, a madrugada e a manhã que contavam mais uma primavera, naquela manhã tinha sido despertada com o toque daquele homem, aquele homem era tanta coisa pra ela, acordou feliz, passou o dia feliz, foi dormir feliz, amar as lembranças dos detalhes do que passou às vezes fazia ela se sentir viva e ela nunca esquecia .

Que liberdade?

Mas que liberdade é essa que essa menina tanto fala? Ela já não é livre? Ela não já fala as besteiras que vem na cabeça aos quatro ventos e faz graça de coisa séria? Ela não já sai quando quer e com quem quer e não liga pra o que os outros falam? Que liberdade é essa que ela fala tanto e precisa mostrar pra todo mundo com marca na pele? Liberdade pra ela é ficar descalça a hora que quiser, em qualquer lugar, é poder usar short que não apertem as pernas dela, liberdade é falar o que pensa em qualquer espaço, liberdade é fazer cocô na hora que tem vontade, liberdade é sorrir pra desconhecidos na rua, liberdade é amar as pessoas sem critérios, liberdade é fazer as obrigações sem ser obrigada, liberdade é tirar um cochilo depois do almoço sem peso na consciência, liberdade é fazer o que tem vontade... É que apesar dela ver um grito de liberdade em cada coisa pouca dessa, ela sabia que ainda não era livre, mas agia como se fosse, ela sabia que a plenitude e a essência de ser humano estava