"SÃO TEMPOS DIFÍCEIS PARA OS SONHADORES", dizia o cartaz da menina que sonha. E eu, que também sonho, concordei, triste, claro. São tempos difíceis para os que sonham e tem coragem de defender seus sonhos. E não é pouco difícil, é muito. O mundo cruel toda hora sufoca, maltrata e agride a esperança que os sonhadores alimentam todos os dias de mudá-lo um pouquinho, de deixá-lo um pouquinho melhor. Passa por cima como um trator, sem dó, nem piedade. E eu só venho aqui fazer um apelo, em defesa de todos os sonhadores do mundo: nos deixem sonhar em paz!
Vivo hoje o 7° dia da partida do meu pai dessa vida, perdi a pessoa que mais amava nesse mundo (até minha filha chegar). Foi como se tivessem arrancado um pedaço do meu corpo, dói tanto, morrer dói nos outros. Não importa as circunstâncias, o tempo, a forma, ninguém quer perder quem ama. E ainda que ele vivesse dizendo "eu já posso morrer" se referindo a nossa condição material: ele aposentado, deixaria a pensão pra minha mãe, eu enfermeira concursada, meu irmão engenheiro, uma neta que ele sempre me pediu, ele não podia morrer. Eu não queria perdê-lo por nada nesse mundo. Na segunda passada, 16 de agosto de 2021 perto das 19h recebo a ligação da minha mãe aos prantos, "beta, acho que teu pai tá morrendo" e eu morri um pouquinho ali também, nunca uma viagem pra Itamaracá foi tão longa, fiz promessas pra Deus e pra Nossa Senhora da Conceição. Mas não tinha mais promessa que desse jeito, meu pai tinha morrido. Partiu de forma relativamente breve, com alguma angústia
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