Faz algum tempo que venho pensando como encaixo as palavras e os sentimentos para escrever esse texto, precisou chegar o dia dos trabalhadores para que eu me enchesse de inspiração e deixasse a preguiça de lado.
Não há como pensar nos trabalhadores e trabalhadoras e não pensar no socialismo e não pensar em um modelo social e econômico mais humano. O sistema capitalista que pregava em sua bandeira liberdade, igualdade e fraternidade, na verdade nunca teve nada a ver com isso, o capitalismo para os trabalhadores é sinônimo tão somente de exploração.
Reparem bem, vejam se todos nós não somos verdadeiros escravos do trabalho, se não somos explorados todos os dias, a gente acorda cedo, pega ônibus lotado, sol escaldante, já chega cansado do trabalho, dá aquela mola, depois tem que voltar pra casa ainda mais cansado com engarrafamento, chega em casa só pensa em dormir pra no outro dia começar tudo de novo!
Estive em São Paulo no início do ano para participar de um Seminário de preparação para o Congresso da União da Juventude Socialista, no momento em que cheguei no aeroporto de Congonhas, não tinha mais como eu pegar ônibus e precisei pegar um táxi, comecei a conversar com o taxista sobre o lugar que eu morava, sobre minha faculdade, ele me falou da família dele, dos problemas de saúde, falamos até da cachaça que gostamos de tomar, mas que ele não pode mais.
Enfim, perguntei se ele sempre trabalhava naquela hora e foi quando começou um verdadeiro desabafo. Não me recordo bem de todos os detalhes da conversa, mas o que mais indignava ele era o fato dele não ser o proprietário do carro e por conta disso ter que trabalhar por ele e pelo dono. O que é que acontece, o dono da frota tem vários carros e ele no final do mês precisa pagar um valor ao dono da frota e além disso precisa tirar o dele, claro.
Foi quando vi ali uma oportunidade de incitar ainda mais a indignação dele. "O senhor não acha um absurdo, não? O senhor fica aqui trabalhando até essa hora, ter que trabalhar por dois só porque ele é dono da frota?" E ele concordou, entramos em um clima de indignação conjunta. Então ele me falou que o prefeito tinha tirado os mais de 30.000 taxistas da grande capital da faixa de ônibus e isso tinha prejudicado o trabalho deles e que por isso não iria votar em Dilma, já que o prefeito é do mesmo partido que a Presidenta.
Tentei convencê-lo do contrário, mas uma conversa tão curta como aquela não era suficiente. Eu queria explicar pra ele que sou socialista, mas que ainda não sei como é esse socialismo concretamente. Mas que a luta socialista é movida pela mesma indignação que ele sentia todos os dias ao ter que trabalhar por dois, onde poucos detém os meios de produção e consequentemente o lucro, "a mais-valia¹". Tudo isso em detrimento do trabalho, da força de trabalho dos trabalhadores que é tudo que temos pra oferecer.
Estive em São Paulo no início do ano para participar de um Seminário de preparação para o Congresso da União da Juventude Socialista, no momento em que cheguei no aeroporto de Congonhas, não tinha mais como eu pegar ônibus e precisei pegar um táxi, comecei a conversar com o taxista sobre o lugar que eu morava, sobre minha faculdade, ele me falou da família dele, dos problemas de saúde, falamos até da cachaça que gostamos de tomar, mas que ele não pode mais.
Enfim, perguntei se ele sempre trabalhava naquela hora e foi quando começou um verdadeiro desabafo. Não me recordo bem de todos os detalhes da conversa, mas o que mais indignava ele era o fato dele não ser o proprietário do carro e por conta disso ter que trabalhar por ele e pelo dono. O que é que acontece, o dono da frota tem vários carros e ele no final do mês precisa pagar um valor ao dono da frota e além disso precisa tirar o dele, claro.
Foi quando vi ali uma oportunidade de incitar ainda mais a indignação dele. "O senhor não acha um absurdo, não? O senhor fica aqui trabalhando até essa hora, ter que trabalhar por dois só porque ele é dono da frota?" E ele concordou, entramos em um clima de indignação conjunta. Então ele me falou que o prefeito tinha tirado os mais de 30.000 taxistas da grande capital da faixa de ônibus e isso tinha prejudicado o trabalho deles e que por isso não iria votar em Dilma, já que o prefeito é do mesmo partido que a Presidenta.
Tentei convencê-lo do contrário, mas uma conversa tão curta como aquela não era suficiente. Eu queria explicar pra ele que sou socialista, mas que ainda não sei como é esse socialismo concretamente. Mas que a luta socialista é movida pela mesma indignação que ele sentia todos os dias ao ter que trabalhar por dois, onde poucos detém os meios de produção e consequentemente o lucro, "a mais-valia¹". Tudo isso em detrimento do trabalho, da força de trabalho dos trabalhadores que é tudo que temos pra oferecer.
Eu sonho e luto pra que as pessoas sejam livres e felizes, só isso, eu não acho que isso seja um absurdo ou impossível de alcançar e ser livre pra mim é dizer o que pensa, fazer o que gosta e se sentir bem com isso, portanto, eu acho que essa verdadeira exploração que os trabalhadores são submetidos todos os dias, essa vida desumana que milhões de trabalhadores levam, tem que acabar!
Imagina, trabalhar no máximo seis horas por dia, não sofrer tanto com o transporte público e os engarrafamentos, ter mais tempo pra família e os amigos nos dias de semana e poder também praticar esportes, fazer cursos, ou qualquer outra coisa. Não é coisa de vagabundo uma vida assim, é coisa de gente feliz. É isso que eu sonho pro meu povo.
Trabalhadores e trabalhadoras do mundo inteiro, uni-vos!
Mais-valia é o termo famosamente empregado por Karl Marx à diferença entre o valor final da mercadoria produzida e a soma do valor dos meios de produção e do valor do trabalho, que seria a base do lucro no sistema capitalista.1
Mais-valia é o termo famosamente empregado por Karl Marx à diferença entre o valor final da mercadoria produzida e a soma do valor dos meios de produção e do valor do trabalho, que seria a base do lucro no sistema capitalista.1
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