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Os amigos bons e os bons amigos

Apesar da minha relativa pouca idade, já conheci muita gente nessa vida e já amei sinceramente uma parcela significativa dessas pessoas, as quais chamei de amigos. Aprendi e espero que você também já tenha percebido que as amizades que construímos nas caminhadas de todo santo dia, umas vezes duram mais que outras, se fazem mais presente que outras, mas mesmo assim nosso coração sabe da importância de cada uma. 
Sempre tive bons amigos de todos os tipos, mas a maioria deles nunca foram amigos bons. Sendo assim, não venho falar de todos os meus amigos, mas dos que "não prestam", isso aí, dos que não prestam. Desde pequena sempre fui chamada atenção pelos meus pais pelos "tipos" de amizade que me relacionei, tô com 20 anos e acreditam que nada mudou? Falando bem abertamente, nunca me interessei por conversas sobre  melissas, maquiagem, harry potter, uno, academia, casa de praia, enfim, mas na moral, falar de pegação, sexo, gaia, gravidez, de maloqueiragem e isso inclui, assalto, tráfico e pixação e também histórias de cachaça sempre me atraíram a curiosidade , a vontade de conhecer e entender isso tudo. Não se assuste comigo, eu me divido em ter um bom coração e não prestar, dá uma mistura que eu gosto. Os loucos sempre me chamaram atenção, o convencional me entedia, embora eu também seja apaixonada pelos meus amigos "certinhos". Não é um texto de julgamento de valores, mas acaba parecendo, sabe, queria escrever mais, mas só queria externar que a diversão garantida está nos que não prestam, por exemplo (já tô rindo aqui), quando tô estressada da vida arrumo um jeito de ir pra Arthur Lundgren 2 em Paulista, lá eu escuto cada história absurda, coisas do satanás, porra, eu me divirto muito com meus meninos. O mundo divertido é dos que não prestam!

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