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Os julgamentos da militância

O militante do movimento estudantil atualmente vive sob constante julgamento de valores, ele se dispõe e se dedica em contribuir com a construção da Universidade e com as melhores condições de ensino e permanência dos estudantes e mesmo assim são sempre questionados acerca dos seus supostos “interesses disfarçados”. Pelo menos é assim que eu me sinto quando as pessoas abominam estudantes com filiação partidária no movimento estudantil.


 Não tenho dúvidas que muitas vezes é puro preconceito. E um preconceito cego. Alguns alegam que os partidos influenciam na autonomia e interesses do movimento e outros não alegam nada, simplesmente, se dizem contra. Mas contra o quê? Respeito e considero justa, parafraseando Lulu Santos, toda forma de militância. Existem aqueles que participam por toda sua graduação do diretório acadêmico, por exemplo, com o objetivo de contribuir na sua concepção para o fortalecimento do seu curso, da sua profissão, da sociedade. Existem outros como eu e meus colegas da União da Juventude Socialista, que tem um objetivo maior, nós queremos construir o socialismo no Brasil e através das entidades estudantis também queremos fortalecer os cursos, as profissões e a sociedade, até por que movimento estudantil é só uma fase, um pedaço da luta, apenas isso. Eu não entendo o motivo de tanta resistência em aceitar filiados a partidos políticos dentro das entidades.

É como se nós fossemos uma ceita e quiséssemos cooptar estudantes para se juntar a nós de forma macabra (é brincadeira), mas é quase isso (também é uma brincadeira), é claro que queremos influenciar e ganhar mais pessoas para engrossarem as fileiras da nossa organização política, mas isso se dá de uma forma natural e as pessoas são livres para escolherem se querem ou não, simples assim. O que eu odeio é quando juventudes de partidos tentam deslegitimar entidades dirigidas por outras juventudes de partido por conta das divergências políticas existente entre elas fora daquela realidade, isso eu repudio e condeno. No mais, eu não tenho medo do debate, eu sei em que acredito e o que defendo, amo a União da Juventude Socialista, amo o movimento estudantil e honro os meus amores de cara limpa e alma leve, o resto é intriga da oposição. 

Comentários

  1. "Existem outros como eu e meus colegas da União da Juventude Socialista, que tem um objetivo maior, nós queremos construir o socialismo no Brasil".

    É justamente isso, Melka. Nem todos querem construir o socialismo no Brasil. Nem todos querem o capitalismo no Brasil. Mas acredito que ambos podem coexistir, se assumirmos uma visão holística do mundo, ou seja, quando os opostos não suprimem um lado da visão no ato de construir uma sociedade. Ninguém é 100% certo ou errado.

    Às vezes, falta diálogo no ato construção.

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